Greve de trabalhadores na indústria da madeira entra na segunda semana
Completa duas semanas nesta terça (7) a greve dos funcionários da Imabel Indústria Comércio e Exportação de Madeiras Ltda e da Madetrevo Beneficiadora de Madeiras, do município de Alta Floresta (874 km de Cuiabá), que cruzaram os braços desde o dia 2 de setembro em protesto contra o não avanço da negociação salarial deste ano. Ao todo, 40 funcionários pararam a linha de produção.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Madeireira de Alta Floresta (SINTAF), a negociação se arrasta desde o dia 19 de julho. Os empresários, representados pelo SIMENORTE (Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte de Mato Grosso) se recusam a conceder o piso salarial de R$ 850,00 pedido pelo sindicato, estando dispostos a negociar apenas reajuste de no máximo 7,5% para os salários, ficando os pisos da seguinte forma: Auxiliar de Serviços Gerais, R$ 779,37; Auxiliar de Operador de Máquina, R$ 826,46; Operador de Máquina, R$ 946,45; Motorista, R$ 990,40 e R$ 1.049,15 para demais cargos.
De acordo com o presidente do sindicato laboral, Antônio Carlos Cândido da Silva, a greve começou porque se exauriram as possibilidades de acordo, diante da intransigência do patronato. O estado de greve, que foi ratificado em assembleia no dia 27 de agosto, havia sido aprovado por 85% dos trabalhadores das duas empresas, que foram consultados por meio de um questionário feito pelo SINTAF.
A paralisação é por tempo indeterminado e deve se estender para outras fábricas. “Aplicamos os questionários, onde os trabalhadores se dispuseram a participar da greve. Planejamos visitar outras empresas para mobilizar os trabalhadores para outras paralisações”.
A região de Alta Floresta abriga atualmente cerca de 40 madeireiras.