Segundo Aldo Rebelo, custo de R$ 28 bilhões se refere "principalmente" a obras para melhoria da mobilidade urbana nas cidades-sedes do Mundial
Ministro do Esporte defende investimento do governo na Copa
A pouco menos de um ano para a Copa do Mundo de 2014, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, defendeu o investimento que o governo federal está disponibilizando para a realização do Mundial. E reiterou que o dinheiro foi destacado para melhoria da infra-estrutura das 12 cidades-sedes do torneio. Recentemente a pasta anunciou aumento de 10% nos valores da matriz de responsabilidade da Copa – o valor passou de R$ 25,5 bilhões para R$ 28,1 bilhões.
- Esse número de 28 bilhões se refere principalmente a investimentos em mobilidade urbana: aeroporto, metrô, BRT (Bus Rapid Transit, em inglês, ou Transporte Rápido por Ônibus), VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), viadutos, avenidas... Ou seja, são obras que ficarão para as cidades e estavam previstas antes de ficar definido que haveria Copa do Mundo. São obras do PAC. São obras de infraestrutura do país, que seriam realizadas com ou sem Copa do Mundo. Nós antecipamos para que a Copa fosse realizada com mais conforto, mais tranquilidade, uma infraestrutura melhor.
Apesar dos empréstimos concedidos via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção de estádios para a Copa do Mundo, Rebelo garantiu que o torneio é um evento predominantemente privado.
- As obras dos estádios não têm dinheiro federal, ou melhor, do orçamento federal. Tem empréstimos concedidos, mediante todas as garantias, como são concedidos a qualquer empresa – ressalvou.
A linha de crédito disponibilizada pelo banco de fomento nacional é de até 75% do custo total da obra, limitada a R$ 400 milhões por projeto, incluindo os investimentos no entorno.
Sobre as isenções fiscais para a realização da competição, o ministro não só defendeu que o recurso seja utilizado, como citou a indústria automobilística para exemplificar os benefícios que a isenção fiscal pode gerar à população.
- A isenção fiscal (para a construção de estádios) tem uma parte do governo federal, que nós oferecemos isentar a matéria-prima para a construção dos estádios. Algumas prefeituras também concederam isenções, como são concedidas para outros setores da atividade econômica. Nos últimos anos o governo federal concedeu R$ 27 bilhões de renúncia fiscal só para a indústria automobilística para garantir os empregos.