A campanha de mobilização pede a valorização do piso salarial da categoria. Hoje, o valor máximo pago a um profissional é de R$ 1.003,20.
Greve dos Trabalhadores da Construção Civil pode sair na próxima semana
Poderá ser definida na próxima semana a situação dos trabalhadores do setor da construção civil de Cuiabá e Baixada Cuiabana, que decidiram declarar estado de greve desde o último dia 17, em protesto contra o percentual de 7% proposto como reajuste salarial pelo sindicato patronal (Sinduscon-MT). Representantes de ambos os lados se reunirão na próxima terça (2), às 7:30, na sede do Sinduscon-MT, para a segunda rodada da negociação coletiva deste ano.
Desde a última segunda (17), os trabalhadores se mobilizaram por meio de panfletagens nos canteiros de obras, onde foi constatado pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM) que a quase totalidade dos operários aceitariam aderir à greve imediatamente por desaprovar a proposta de reajuste e reclamar outros problemas trabalhistas nos canteiros.
Porém, a entidade convocou apenas o estado de greve, aguardando uma resposta do Sinduscon-MT. A campanha de mobilização pede a valorização do piso salarial da categoria. Hoje, o valor máximo pago a um profissional é de R$ 1.003,20.
A mobilização atinge sindicatos de todo o Estado. Eles participam de um movimento que luta pelo piso único no país, tendo como referência valores como os praticados no Rio de Janeiro, onde o piso é de R$ 1.540,00.
Outros benefícios, como cesta básica; redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas sem redução de salário; aumento do percentual pago pela hora extra; redução do valor descontado no salário referente à alimentação, que hoje é de 10%, passando a ser um valor simbólico e plano de saúde estão na pauta de reivindicações.
De acordo com o SINTRAICCCM e a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Mato Grosso (FETIEMT), caso não haja acordo, a categoria poderá entrar em greve.