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PARALISAÇÃO
Quarta - 01 de Junho de 2016 às 14:14
Por: Gazeta Digital

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Foto: Ilustrar
A greve geral dos servidores públicos de Mato Grosso, em protesto pelo não pagamento da RGA de 11,28%, completa 24 horas e os impactos para a população são sentidos principalmente nos setores de saúde e segurança pública.

Embora 30% dos serviços vêm sendo mantidos, conforme previsto em lei, nas unidades de saúde estão suspensos os procedimentos eletivos, cirurgias, consultas e exames não considerados de urgência e emergência.

Já policiais civis e militares, incluindo os bombeiros, dão andamento à Operação Padrão, isto é, cumprem a jornada de trabalho registrando boletins de ocorrência apenas em casos essenciais e urgentes, sem andamento de investigações ainda que sejam de crimes graves.

Saiba mais como está a paralisação nos setores essenciais

Saúde

100% dos atendimentos de urgência e emergência e 30% dos serviços essenciais estão mantidos neste período de greve. O plantão de regulação e rede de frio também está mantido.

O Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso (Sisma/MT), informa que o interior segue com os 15 Escritórios Regionais de Saúde (ERS) fechados, bem como procedimentos eletivos (consultas e exames). O Hospital Adauto Botelho não está recebendo novos pacientes

O setor administrativo da Secretaria de Estado de Saúde (SES) está todo parado. Os servidores concentram-se nas portas das unidades com faixas de identificação de greve geral.

Segurança pública

O Sindicato dos Servidores Penitenciários (Sindespen-MT) informa que 100% da categoria está engajada e que mantém os 30% trabalhando.

“Garantimos a segurança e alimentação dos reeducandos”, afirma João Batista, presidente do Sindespe-MT. Porém, estão suspensas visitas de familiares, oficiais de justiça, advogados e também não estão recebendo novos presos.

Já o a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros Militares de Mato Grosso (ACS/MT) relata que os associados estão fazendo a "operação padrão", que consiste em cumprir as leis à risca. O presidente Adão Martins da Silva exemplifica que em uma avenida onde a velocidade máxima permitida é de 40km/h, os militares em ronda não ultrapassarão este limite, que habitualmente não é respeitado pelo princípio do atendimento imediato em ocorrências.

O Sindicato dos Policiais Civis (Siagespoc) também mantém 30% do efetivo em atividade, priorizando atividades essenciais (plantão). Nas Centrais de Flagrantes e Delegacias também funciona apenas com 30% dos servidores, porém nas Unidades Policiais não há atendimento ao público.

As operações de inteligência implantadas seguem em andamento, na sendo implantada nem finalizada nenhuma nova operação no período de greve.

Seguem priorizados os serviços de lavratura de auto de prisão em flagrante delito, apreensão de menor infrator, requerimento de medidas protetivas, requisições judiciais, restituição de veículos e objetos apreendidos e liberação de óbitos. Registro de boletim de ocorrência limita-se à casos essenciais e urgentes (roubo e furto de veículo, crimes de violência doméstica, crimes hediondos). Só são atendidos in loco crimes que envolvam mortes.

Educação

Henrique Lopes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep-MT) informa que a adesão à greve é em massa em todo o Estado. Ele afirma que em Cuiabá, mais de 80% das escolas já estão paradas, assim como no médio norte e norte de Mato Grosso. Em Pontes e Lacerda, mais de 90% das unidades escolares estão paralisadas.

Há 420 mil estudantes da rede estadual de ensino e 40 mil servidores, sendo 22 mil professores. A greve na educação é pelo pagamento da RGA integralmente, e também contra o modelo posto de Parceria Público Privada (PPP) e pelo concurso público.

Detran-MT

O Sindicato dos Trabalhadores do Departamento Estadual de Trânsito (Sinetran-MT) não compõem o Fórum Sindical, mas os servidores que atuam na autarquia aderiram à mobilização.

Conforme informa a presidente do Sindicato, Daiane Renner, conforme relatórios de paralisações passadas, o Detran-MT mantém 30% do funcionamento e 50% da produção e arrecadação em períodos grevistas na sede e em todas as agências VIPs.

Entretanto, o Sinetran-MT recebeu denúncias de que a autarquia fechou completamente o atendimento ao público nesta terça-feira (31). “Os serviços de biometria e foto de CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e registro de contrato de financiamento são feitos por empresas terceirizadas. A abertura de processos é designada a servidores comissionados. E tudo isso está paralisado, sem justificativa de estar”, explica Renner.


O Sindicato notificará a presidência do Detran, Casa Civil e na Justiça.




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