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COMUNICAÇÃO
Quarta - 01 de Junho de 2016 às 13:23
Por: Redação TA c/ Gcom - MT

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O governador Pedro Taques pediu compreensão aos servidores do Governo do Estado, que entraram em greve nesta terça-feira (31.05) por tempo indeterminado, devido à impossibilidade do Executivo em conceder o Reajuste Geral Anual (RGA) de 11,28%, na folha salarial de maio.

Em entrevista ao telejornal Bom Dia Mato Grosso na manhã desta quarta-feira (01.06) o governador explicou que o momento econômico difícil que o Brasil enfrenta o impede de realizar o reajuste das perdas inflacionárias de 2015, nos salários dos servidores efetivos da máquina estadual. “Não vou pedir paciência, porque sei que a crise é nacional. Existem quase 12 milhões de desempregados no Brasil. Eu vou pedir a eles a compreensão de que nós estamos em um momento difícil. Não só em Mato Grosso, mas no Brasil”, comentou.

A greve, segundo o governador, não conta com a participação de algumas secretarias. Servidores da Secretaria de Fazenda, Infraestrutura, Agricultura Familiar, Empaer e boa parte da Segurança não aderiram a paralisação. “Nós entendemos os servidores. Estamos conversando todos os dias, mas não é o momento de se fazer greve”, emendou Taques.

Para reduzir os gastos dos cofres estaduais, o secretário de Estado de Fazenda, Paulo Brustolin e o governador cumprirão agenda nesta quarta-feira em Brasília para discutir a renegociação da dívida dos Estados com a União. “Em razão de obras da Copa pagamos em 2015 cerca de R$ 1,1 bilhão de dívidas. Ainda há mais R$ 5 bilhões pra pagar. Ainda assim oferecemos 5% de reajuste, enquanto que 25 estados nada deram. O restante, 6,28%, se nós reduzirmos para 49% o limite com gasto de pessoal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, é possível negociar com os sindicatos”, relatou.

Caso atenda os pedidos dos servidores grevistas e conceda o reajuste de 11,28% ainda em 2016, o governador Pedro Taques explicou durante a entrevista ao vivo que isso provocará atraso dos salários no final do mês ou então o parcelamento, e como consequência será necessário ainda demitir servidores em estágio probatório, ação que prejudicaria a Segurança Pública, área que recebeu o maior incremento em 2015 de novos servidores públicos, com o ingresso de novos bombeiros, policiais militares e civis.

Redução de gastos

Pedro Taques lembrou que nos primeiros meses após a sua posse, ele reduziu o número de cargos comissionados. “É o menor número de funcionários exclusivamente comissionados dos últimos 20 anos. Mesmo se eu demitir os cerca de mil e 500 que ainda há, economizaríamos R$ 5 milhões por mês, 60 milhões por ano. O que não resolve o problema e nós precisamos de servidores comissionados”, comentou. 

Pagamento da folha salarial, custeio mensal da realização dos serviços públicos, pagamento de dívidas, e a transferência de verbas para poderes Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado (TCE), são hoje os maiores gastos do Governo do Estado. “Para reduzir ainda mais os custos, além dos 25% reduzidos em 2015, estamos em andamento com uma nova reforma administrativa. É preciso fazer investimentos, estradas, hospitais, e já estamos no limite de pagamento do servidor público”, disse o governador Pedro Taques.




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