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PARALISAÇÃO
Quinta - 30 de Maio de 2013 às 19:40

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Prefeitos de Mato Grosso ameaçam a organização sindical dos educadores das redes municipais. Em 4 cidades, onde os trabalhadores promovem greve, os gestores públicos ingressam, ameaçam mover ação na Justiça pedindo a ilegalidade do movimento e cortar o ponto dos servidores. O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) considera estes atos uma afronta à liberdade dos servidores de se manifestarem e um comportamento que contraria a valorização profissional dos educadores.

Há 37 dias em greve os trabalhadores de Sinop (500 km ao Norte da Capital) estão sendo intimidados a retornar ao serviço. Pela imprensa o prefeito tem feito ameaças a diretores da subsede do Sintep/MT, além da possibilidade de cortar o ponto e ingressar com processo administrativo. O diretor regional Nortão 3 do Sintep/MT Valdeir Pereira diz que desde o início da paralisação nenhuma negociação efetiva foi feita à categoria.

Na última semana foi ocupada a secretaria municipal de educação e não houve avanços na pasta, que não soube informar o valor da folha de pagamento dos trabalhadores. “Ontem ele (prefeito) chamou coletiva, ameaçou a direção do sindicato, desqualificou a presidente pela condição de ser mulher. Mas, nenhuma proposta efetiva foi feita”, diz Valdeir.

Ontem os educadores realizaram mobilização e foram comunicados pelo prefeito, que está proibida a utilização de energia da Prefeitura para os atos públicos. V aldeir considera o ação como uma afronta ao movimento livre sindical.

Sexta-feira (24) a categoria foi notificada judicialmente para que os trabalhadores retornem. Em assembleia na segunda-feira (27) os servidores decidiram manter o movimento e recorrer da decisão.

Os educadores da rede municipal de Curvelândia (311 km a Oeste da Capital) completam 27 dias de greve sem nenhuma proposta da Prefeitura. A categoria reivindica a unificação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) e o piso proporcional equivalente a R$ 1.175. O presidente da subsede Edimilson José Ferreira conta que na sexta-feira (24) os trabalhadores fizeram um relatório para a comissão, que foi formada para analisar a situação da pasta da educação.

No documento os educadores apontam as irregularidades na folha de pagamento. Porém, até o momento não houve nenhuma resposta e a categoria aguarda o julgamento de uma ação movida pela Prefeitura que pede a ilegalidade do movimento. “Não colocam nada no papel e não documentam. Continua o impasse da greve e houve ameaça de corte de ponto”, diz Edimilson.

Em Pontal do Araguaia (512 km ao Sul da Capital) a prefeita ameaça ingressar com ação na Justiça pedindo a ilegalidade da greve. Há 15 dias os profissionais estão com as atividades suspensas, mas sem avanços. Em reunião com a prefeita, o secretário de educação e vereadores, a Prefeitura se posicionou resistente ao pagamento do piso proporcional, apesar das condições positivas para atender a reivindicação. “A classe está firme, afirmando que se tem dinheiro quer receber, e o impasse está criado. Ela ameaçou entrar na Justiça, mas os profissionais da educação decidiram permanecer em greve”, diz o presidente da subsede em Barra do Garças Vitor Ten Caten.

Na sexta-feira (24) a rede municipal de educação de Confresa (1.160 km a Nordeste da Capital) teve as atividades suspensas. Os profissionais reivindicam o cumprimento do piso salarial nacional, melhorias em infraestrutura e condições de trabalho. Atualmente o piso pago é no valor de R$ 890,33  para professores e R$ 777,66 para funcionários.

A Presidente da subsede Lucimeire Lázara diz que 90% da categoria adere ao movimento.
A cidade tem 13 escolas municipais e 432 trabalhadores da educação. Uma audiência entre educadores, membros da secretaria de educação e administração foi realizada, mas sem apresentação de proposta frente à pauta. A Prefeitura solicitou prazo até amanhã para apresentar um posicionamento. Nas 7 escolas do campo a gestão municipal ameaça cortar o ponto dos trabalhadores, como forma de intimidação. A última greve em Confresa ocorreu em 2009. Em reunião com vereadores o Legislativo se comprometeu a firmar um pacto pela educação.






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