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Ivo Herzog levará à CBF petição contra José Maria Marin
Marcelo Camargo /ABr
Ivo Herzog, filho de Vladimir Herzog mostra certidão de óbito que confirma maus tratos como causa da morte
Na segunda-feira, 1º de Abril, às 15h, Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pelos agentes da ditadura, entregará na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a petição “Fora Marin!”. O documento cobra a saída de José Maria Marin da presidência da entidade em função de sua ligação com o regime totalitário que dominou o Brasil entre 1964 e 1985. Quase 54 mil pessoas já assinaram em apoio ao movimento. Ivo Herzog pretende ainda enviar cópias da petição à direção dos 20 principais clubes que participam do Campeonato Brasileiro e a todas as federações estaduais de futebol.
A petição será entregue à CBF no 49º aniversário do golpe civil-militar que instaurou a ditadura no Brasil em 1964. Entre as figuras públicas que assinaram o documento estão Chico Buarque de Hollanda e Fernando Gabeira. Vladimir Herzog foi assassinado em 1975, quando estava ilegalmente detido nas dependências do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Informações de Defesa Interna (DOI-Codi), controlado pelo Exército, em São Paulo. No texto em que justifica a petição, Ivo afirma que Marin ajudou a dar sustentação política à ditadura.
PRESSÃO E ELOGIOS
José Maria Marin era deputado estadual filiado à antiga Arena, partido que garantia fachada legal e sustentação política ao regime na época do assassinato de Vlado. Em 9 de outubro de 1975 Marin pediu providências às autoridades contra a atuação de supostos militantes de esquerda na TV Cultura, conforme está registrado literalmente no Diário Oficial de São Paulo. Dezesseis dias depois, em 25 do mesmo mês, Herzog, que era diretor de telejornalismo da emissora, foi ilegalmente detido e assassinado, após apresentar-se voluntariamente no DOI-Codi.
Além disso, um ano mais tarde, em 7 de Outubro de 1976, Marin fez um vigoroso discurso de elogio ao delegado Sérgio Fleury, figura notória da repressão e violência da ditadura. Nesse pronunciamento, também reproduzido no Diário Oficial, afirmou, entre outras coisas, que “Sérgio Fleury se dedica ao máximo, sem medir esforços nem sacrifícios para honrar não apenas a polícia de São Paulo, mas acima de tudo seu título de delegado de polícia. Ele deveria ser uma fonte de orgulho para a população de nossa cidade.”
De acordo com Ivo Herzog, por causa dessa ligação com o autoritarismo, o presidente da CBF não tem condições de permanecer no cargo. "Ter Marin à frente da CBF agora, que estamos nas vésperas da Copa do Mundo no Brasil, é como se a Alemanha tivesse permitido que um membro do antigo partido nazista tivesse organizado a Copa de 2006", afirma.
Em circulação desde 19 de fevereiro, a petição está no site Avaaz, considerado "uma plataforma online que dá às pessoas ao redor do mundo o poder de iniciar e vencer campanhas em nível local, nacional e internacional". O movimento ganhou força ainda maior nos últimos vinte dias, após José Maria Marin utilizar o site da CBF para se defender das acusações feitas contra ele.
A petição “Fora Marin!” está disponível no site: http://www.avaaz.org/po/petition/Jose_Maria_Marin_Fora_da_CPF/.
A petição será entregue à CBF no 49º aniversário do golpe civil-militar que instaurou a ditadura no Brasil em 1964. Entre as figuras públicas que assinaram o documento estão Chico Buarque de Hollanda e Fernando Gabeira. Vladimir Herzog foi assassinado em 1975, quando estava ilegalmente detido nas dependências do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Informações de Defesa Interna (DOI-Codi), controlado pelo Exército, em São Paulo. No texto em que justifica a petição, Ivo afirma que Marin ajudou a dar sustentação política à ditadura.
PRESSÃO E ELOGIOS
José Maria Marin era deputado estadual filiado à antiga Arena, partido que garantia fachada legal e sustentação política ao regime na época do assassinato de Vlado. Em 9 de outubro de 1975 Marin pediu providências às autoridades contra a atuação de supostos militantes de esquerda na TV Cultura, conforme está registrado literalmente no Diário Oficial de São Paulo. Dezesseis dias depois, em 25 do mesmo mês, Herzog, que era diretor de telejornalismo da emissora, foi ilegalmente detido e assassinado, após apresentar-se voluntariamente no DOI-Codi.
Além disso, um ano mais tarde, em 7 de Outubro de 1976, Marin fez um vigoroso discurso de elogio ao delegado Sérgio Fleury, figura notória da repressão e violência da ditadura. Nesse pronunciamento, também reproduzido no Diário Oficial, afirmou, entre outras coisas, que “Sérgio Fleury se dedica ao máximo, sem medir esforços nem sacrifícios para honrar não apenas a polícia de São Paulo, mas acima de tudo seu título de delegado de polícia. Ele deveria ser uma fonte de orgulho para a população de nossa cidade.”
De acordo com Ivo Herzog, por causa dessa ligação com o autoritarismo, o presidente da CBF não tem condições de permanecer no cargo. "Ter Marin à frente da CBF agora, que estamos nas vésperas da Copa do Mundo no Brasil, é como se a Alemanha tivesse permitido que um membro do antigo partido nazista tivesse organizado a Copa de 2006", afirma.
Em circulação desde 19 de fevereiro, a petição está no site Avaaz, considerado "uma plataforma online que dá às pessoas ao redor do mundo o poder de iniciar e vencer campanhas em nível local, nacional e internacional". O movimento ganhou força ainda maior nos últimos vinte dias, após José Maria Marin utilizar o site da CBF para se defender das acusações feitas contra ele.
A petição “Fora Marin!” está disponível no site: http://www.avaaz.org/po/petition/Jose_Maria_Marin_Fora_da_CPF/.
Fonte:
Com assessoria MST
URL Fonte: https://toquedealerta.com.br/noticia/15259/visualizar/