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População carcerária feminina em Mato Grosso aumentou 45% em Cinco anos
Apesar de não admitirem de início, as mulheres são cooptadas por namorados ou companheiros a traficarem
Parcela considerável das reeducandas está presa por tráfico de drogas, uma realidade que nos últimos cinco anos contribuiu significativamente para o aumento de 45% da população carcerária feminina em Mato Grosso. Apesar de não admitirem de início, as mulheres são cooptadas por namorados ou companheiros a traficarem.
Em junho de 2007 existiam 530 mulheres encarceradas no Estado. Enquanto em junho de 2012 o número subiu para 768. Os dados da população carcerária feminina constam do Sistema Integrado de Informação Penitenciária (InfoPen) do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça.
Nesses mesmos períodos comparativos, a população de mulheres em Mato Grosso cresceu apenas 8,5%, passando de 1.377.327 para 1.495.097, conforme mostra o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Sem receber visita durante os dois anos em que está no presídio feminino, A.B.O, de 33 anos, foi presa na rodoviária de Cuiabá quando tentava embarcar para levar drogas ao município de Primavera do Leste. Reincidente, ela garante que desta vez está arrependida e que não voltará ao crime. “Mais vale a pena sofrer lá fora do que aqui dentro”, disse ao lembrar da separação dos filhos de 11, 9 e 3 anos, que hoje estão sendo criados pela avó materna.
Nesses mesmos períodos comparativos, a população de mulheres em Mato Grosso cresceu apenas 8,5%, passando de 1.377.327 para 1.495.097, conforme mostra o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Sem receber visita durante os dois anos em que está no presídio feminino, A.B.O, de 33 anos, foi presa na rodoviária de Cuiabá quando tentava embarcar para levar drogas ao município de Primavera do Leste. Reincidente, ela garante que desta vez está arrependida e que não voltará ao crime. “Mais vale a pena sofrer lá fora do que aqui dentro”, disse ao lembrar da separação dos filhos de 11, 9 e 3 anos, que hoje estão sendo criados pela avó materna.
A condição de grávida também vem sendo utilizada pelos traficantes para facilitar o transporte de drogas. O juiz Geraldo Fidelis informa que as cinco mulheres grávidas que estão no presídio Ana Maria do Couto May estão ali por tráfico.
“Estar aqui é horrível. Vim para cá no início da gravidez, sem saber da minha condição. Estou presa há sete meses e tudo que quero é ter e criar a minha filha fora daqui”, afirmou P.S.B.M, que tem18 anos e está grávida de 8 meses.
A boliviana L.M está confiante de que conseguirá a progressão de pena. “Vim para cá com meu filho quando ele tinha três meses de idade e agora ele já está com dois anos e oito meses. Ele foi quem me ajudou a suportar a ficar presa”, disse ela chorando. L.M foi presa no município de Cáceres por tráfico de drogas, onde já morava há um ano.
As três reeducandas foram ouvidas na manhã desta segunda-feira (25 de março) durante o mutirão que está sendo realizado pela Segunda Vara Criminal de Cuiabá em parceria com a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos, Superintendência Estadual dos Direitos da Mulher, Defensoria Pública, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil e integrantes do Espaço Cidadania e da Sala da Mulher da Assembléia Legislativa. O mutirão continua nesta terça-feira (26).
“Estar aqui é horrível. Vim para cá no início da gravidez, sem saber da minha condição. Estou presa há sete meses e tudo que quero é ter e criar a minha filha fora daqui”, afirmou P.S.B.M, que tem18 anos e está grávida de 8 meses.
A boliviana L.M está confiante de que conseguirá a progressão de pena. “Vim para cá com meu filho quando ele tinha três meses de idade e agora ele já está com dois anos e oito meses. Ele foi quem me ajudou a suportar a ficar presa”, disse ela chorando. L.M foi presa no município de Cáceres por tráfico de drogas, onde já morava há um ano.
As três reeducandas foram ouvidas na manhã desta segunda-feira (25 de março) durante o mutirão que está sendo realizado pela Segunda Vara Criminal de Cuiabá em parceria com a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos, Superintendência Estadual dos Direitos da Mulher, Defensoria Pública, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil e integrantes do Espaço Cidadania e da Sala da Mulher da Assembléia Legislativa. O mutirão continua nesta terça-feira (26).
Fonte:
Com assessoria TJ/MT
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