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Segunda - 17 de Dezembro de 2012 às 11:06
Por: Redação TA

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Foto: Arquivo
De 2000 a 2010, aumentou em 708 mil o número de jovens entre 15 e 29 anos que não estudavam, não trabalhavam, nem procuravam ocupação (“Nem, Nem”). Este dado está uma das notas técnicas do boletim Mercado de Trabalho nº 53, lançado nesta terça-feira, 4, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Produzido pelas técnicas do Instituto Ana Amélia Camarano e Solange Kanso, o estudo verificou que 8,1 milhões de jovens estavam nesta condição em 2000 (16,9% da população jovem), atingindo 8,8 milhões em 2010.

Este fenômeno teve comportamento diferenciado por sexo. Enquanto o contingente masculino aumentou em 1,1 milhões de pessoas, o de mulheres diminuiu em 398 mil. Do total de homens jovens, 11,2% encontravam-se na condição de não estudar e não trabalhar em 2010. Entre as mulheres, a proporção foi mais elevada, 23,2%.

A redução no número de mulheres jovens que não estudavam nem trabalhavam foi decorrente de um maior tempo passado na escola pelas mais jovens e de uma participação maior nas atividades econômicas pelas mais velhas. Do total que não estudavam e não participavam do mercado de trabalho, 67,5% eram mulheres, embora esta fatia venha decrescendo desde os anos 1980.

Baixa escolaridade

Se, por um lado, aumentou a quantidade de pessoas na categoria “Nem, Nem”, por outro diminuiu o número de jovens que estudavam e trabalhavam - participavam da População Economicamente Ativa (PEA). Essa redução ocorreu principalmente entre os homens da faixa etária de 15 a 19 anos.

Em 2011, tanto homens quanto mulheres que não estudavam nem trabalhavam apresentavam baixa escolaridade. Os homens tinham em média sete anos e as mulheres, oito. Os jovens que não estudavam nem trabalhavam estavam inseridos em famílias cujo rendimento médio domiciliar per capita era o menor dentre as famílias analisadas.

"É necessário políticas públicas que contribuam para uma inserção adequada desses jovens, seja na escola ou no mercado de trabalho", conclui Ana Amélia Camarano.




Fonte: Ipea

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