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CIDADANIA
Segunda - 26 de Novembro de 2012 às 14:31

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A agenda de reuniões sociolaborais do Mercosul começou nesta segunda-feira (26), em Porto Alegre (RS), com discussões sobre as políticas de combate ao trabalho infantil. A II Conferência Regional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil do Mercosul teve início hoje e termina amanhã com a participação de representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da sociedade civil e dos cinco países do bloco: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela.

O expositor e jornalista Leonardo Sakamoto dividiu com os participantes sua preocupação com a questão do trabalho infantil no Brasil. Para ele, mesmo com os grandes avanços ocorridos nos últimos 10 anos em virtude da política de combate ao trabalho infantil desenvolvida pelo governo, é preciso que a sociedade brasileira, principalmente os cidadãos da classe média, se desvincule da opinião de que o trabalho para a criança é uma forma de sobrevivência. “A classe média brasileira ainda tem esse ranço de pegar o filho de alguém para criar, mas com a intenção de repassar trabalhos domésticos como pagamento de casa e comida. Esse tipo de comportamento precisa ser repudiado”, avaliou. Sakamoto destacou ainda que há uma visão equivocada e compartilhada na mídia de que colocar criança em trabalhos de atores, apresentadores, músicos, modelos ou qualquer atividade na área artística não configura exploração do trabalho infantil.

A discussão foi moderada pela representante da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Rejane Souza. Em sua opinião as discussões na II Conferência Regional têm como finalidade explicitar porque crianças não devem trabalhar e reforçar junto as autoridades a intenção de erradicar as piores formas de trabalho infantil no Brasil e em países do Mercosul.

Os trabalhos da II Conferência têm também como finalidade o encaminhamento de discussões para a III Conferência Global sobre Trabalho Infantil que acontece no Brasil em outubro do próximo ano.





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