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CIDADANIA
Quinta - 01 de Novembro de 2012 às 15:47

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“O Bolsa Família atingiu todos os seus objetivos, tudo que a gente imaginava quando construiu o programa. Estamos conseguindo aliviar a pobreza da população, mas conseguimos muito mais que isso: melhoramos a frequência e o desempenho das crianças do Bolsa Família em sala de aula, a situação das gestantes, acompanhamento em saúde das crianças... Essa é a grande vitória, a grande conquista nesses anos.” A declaração é da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, que participou nesta quinta-feira (1º) do programa Bom Dia, Ministro, sobre as conquistas em nove anos do programa de transferência de renda, comemorado em 20 de outubro passado.

O Bolsa Família chega a 13,7 milhões de famílias - cerca de 50 milhões de pessoas beneficiadas - o que representa 1 em cada 4 brasileiros recebendo o recurso mensal do governo. De acordo com a ministra, os efeitos positivos na educação foram os principais resultados nesses 9 anos. O programa de transferência de renda acompanha de perto a situação das crianças em sala de aula, que precisam comprovar 85% de frequência.

A evasão dos alunos do Bolsa Família é menor quando comparado com a média dos alunos do Censo Escolar de 2010. No ensino fundamental, a taxa de abandono dos beneficiários é de 3%, enquanto no total é de 3,5%. No ensino médio essa diferença é ainda maior: 7,2% dos alunos do Bolsa Família contra 11,5% dos demais.

A aprovação no ensino médio também é melhor. Enquanto a média brasileira é de 75,1%, para os estudantes que estão incluídos no programa de transferência a taxa é de 80,8%.  Ou seja, explica a ministra, os números para a população pobre são melhores do que pra a população em geral. Segundo ela, a educação é estratégica para quebrar o ciclo de pobreza entre as gerações e para que as crianças e jovens tenham um futuro melhor.

Trabalho – Tereza Campello destacou que a população pobre que recebe o Bolsa Família trabalha, inclusive havendo maior geração de emprego nas regiões onde o programa beneficia mais pessoas, desenvolvendo a economia local. “Provamos que o programa é bom para o país. A família recebe o dinheiro, gasta com alimentação, vestuário, educação, material de limpeza, material de construção para arrumação da casa, gasta com transporte também”. Estudos indicam que para cada R$ 1 investido no Bolsa Família, R$ 1,44 retornam para a economia.

Mitos e conceitos negativos também foram quebrados. A ministra explica que a população pobre do Nordeste foi vista por muito tempo como preguiçosa e sem qualificação. “O Bolsa Família vem mostrar o contrário disso. A população quer dar melhor oportunidade para os filhos, mantendo os filhos na escola e buscando qualificação profissional.” Além disso, explica Tereza, houve redução nas taxas de natalidade em todo o país, sendo que o Nordeste apresentou as maiores quedas.

Outro mérito do programa destacado pela ministra é a facilidade com que o recurso chega para a população. O dinheiro sai da conta do governo federal direto para a conta do beneficiário, que aprendeu a planejar e organizar o próprio orçamento.





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