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EMPREGO
Terça - 24 de Abril de 2012 às 14:56
Por: Neusa Baptista

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O café da manhã é apontado pelos médicos e nutricionistas como a principal refeição do dia. Nos canteiros de obras, onde a rotina de trabalho começa sempre de madrugada, muitos operários não têm acesso ao café da manhã.

Em Cuiabá, esta situação que está preocupando o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM).

A entidade alerta que uma parte dos 25 mil operários dos canteiros de obras estão ficando até 7 horas sem comer no período da manhã, o que traz graves consequências à saúde.

O café da manhã já é servido nos canteiros de obras da maioria das 2.836 construtoras, mas ainda há bastante resistência em adotá-lo, já que a empresa não é obrigada a fazê-lo. O item foi inserido há dois anos na Convenção Coletiva de Trabalho apenas como opção da empresa. SINTRAICCCM, Joaquim Santana, na negociação coletiva deste ano a meta é tornar o café obrigatório.

Ele lembra que a falta da primeira refeição do dia tem impactos negativos sobre a saúde do trabalhador. “Ele não se alimenta em casa e não tem dinheiro para comprar os produtos vendidos na porta da obra. A maioria fica até 7 horas sem comer, o que prejudica o corpo e diminui a produtividade, ainda mais no trabalho pesado”.

Santana lembra que a falta prolongada de alimento também favorece o aparecimento de doenças outras doenças. “Temos visto muitos casos de gastrite entre os trabalhadores, sabemos que isso pode estar associado à falta de alimentação pela manhã”.

As pautas de reivindicação dos trabalhadores estão sendo analisadas pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de Mato Grosso (Sinduscon) há cerca de duas semanas.

Cesta básica

Outro item de alimentação que consta na pauta de reivindicações dos trabalhadores é a cesta básica que, segundo o SINTRAICCCMM, já consta nas convenções coletivas de trabalho na maioria dos estados. Santana argumenta que não há “desculpa” para não oferecer o café e a cesta básica, já que ambos podem ser inseridos no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), do Ministério do Trabalho, o qual pode ser acessado pelas empresas.





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