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COPA DO MUNDO 2014
Segunda - 05 de Março de 2012 às 12:05
Por: Neusa Baptista

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O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM) e a Federação dos Trabalhadores na Indústria de Mato Grosso (FETIEMT) começaram na manhã desta segunda (5) à campanha pela pauta unificada dos sindicatos de trabalhadores das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, que pede igualdade de piso salarial e benefícios idênticos para todos os operários envolvidos nas obras e que sejam estendidos aos demais trabalhadores.

A divulgação começou às 6 h voltada aos operários da obra da Arena Pantanal, no bairro Verdão. Panfletos informativos foram entregues aos trabalhadores entre as 6h e as 8 h, quando eles chegavam para o trabalho.

A pauta unificada foi construída pelos sindicatos de trabalhadores das 12 cidades-sede e pela Internacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM), entidade internacional que coordena a ação, e com a qual as entidades têm se reunido periodicamente.

 

A principal pauta é a criação de um piso salarial unificado. Também são reivindicações: cesta básica de R$ 300; Plano de Lucros e Resultados de dois salários base, plano de saúde, hora extra de 80% sobre o salário de segunda a sexta, de 100% aos sábados e de 150% aos domingos; garantia de organização por local de trabalho; adicional noturno de 50%, folga familiar de cinco dias úteis a cada 60 dias trabalhados; melhores condições de trabalho e saúde e  contrato de experiência de 30 dias.

 

Segundo o presidente do SINTRAICCCM, Joaquim Santana, esta pauta será discutida em uma reunião com os trabalhadores da Arena Pantanal na próxima semana.

 

Lançada no ano passado, a campanha tem o tema “Pauta nacional unificada: o objetivo é o mesmo” e tem como mote a união dos trabalhadores em prol do trabalho decente nas obras da Copa.

 

Segundo dados da ICM, desde o início da mobilização, muitas conquistas já foram registradas. Em Porto Alegre (RS), os trabalhadores conquistaram reajustes salariais, melhorias nas condições de trabalho e folgas para que os trabalhadores pudessem visitar as famílias.

Em Cuiabá, no ano passado, os trabalhadores da Arena Pantanal fecharam acordo com o consórcio Santa Bárbara-Mendes Júnior, no qual
os serventes passaram a ter R$ 55,00 de adicional, subindo o piso salarial para R$ 737,00; o meio oficial, com adicional de R$ 75,00, passou a ter piso de R$ 816,00 e o oficial, com adicional de R$ 105,00, tem piso de R$ 1.000,40. O auxílio alimentação foi reajustado de R$ 110,00 para R$ 135,00.
Em Fortaleza, foi assinada a Convenção Coletiva de Trabalho, garantindo 13% de aumento no salário dos trabalhadores da construção pesada. Em Belo Horizonte (MG), o reajuste salarial foi de 15% e em Salvador (BA), os operários conseguiram um abono de R$ 180,00. No Rio de Janeiro, foi conquistado reajuste sobre a cesta básica e ainda está em negociação o aumento salarial. Em Brasília, depois de 10 dias de greve, os trabalhadores conquistaram auxílio alimentação de R$ 121,55.

 

Mobilização nacional

 

Nesta terça (6), é o Dia Nacional de Mobilização, quando a panfletagem será realizada em todas as cidades-sede da Copa do Mundo, à partir das 6 h. Em Cuiabá, três mil panfletos serão distribuídos a trabalhadores de obras nos bairros Bosque da Saúde, Boa Esperança, Beira Rio, na avenida São Sebastião, no Centro, na avenida do CPA, próximo ao shopping Pantanal, e no bairro Morada do Ouro. Na mesma data, Joaquim Santana segue para Brasília (DF), onde participará, junto a presidentes dos demais sindicatos de trabalhadores e representantes da ICM, da entrega da pauta unificada à Confederação Nacional da Indústria (CNI).

 

O documento será enviado também ao Sinicon (Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada), aos ministérios do Trabalho e Esportes, Ministério Público do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho.

 

A ação faz parte da Campanha por Trabalho Decente antes e depois de 2014, coordenada pela Internacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM) e pelos sindicatos filiados e outros envolvidos nas obras da Copa do Mundo.  A meta é melhorar as condições de trabalho dos operários envolvidos nas obras, promovendo melhores salários, mais qualificação, proteção social e os direitos fundamentais dos trabalhadores, dentro do conceito de trabalho decente preconizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

 






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