Organização diz que discussão vai além da legalização da maconha. Supremo liberou manifestações sem que isso seja considerado apologia.
Marcha da Liberdade será realizada neste sábado no centro de Cuiabá

Cerca de mil pessoas devem participar da Marcha da Liberdade neste sábado (18), em Cuiabá, de acordo com a organização do evento. Os manifestantes vão se reunir na Praça Alencastro, em frente à Prefeitura, e depois vão percorrer, a partir das 15h, as principais avenidas da capital de Mato Grosso. Apesar do Supremo Tribunal Federal (STF) ter liberado os protestos a favor da legalização da droga em todo o Brasil, a Marcha deve ampliar os temas que serão discutidos publicamente.

Segundo a jornalista Mariana Freitas, uma das organizadoras da Marcha, a mobilização discutirá problemas relacionados ao meio ambiente, educação, saúde, reforma agrária, entre outros assuntos. Os protestos serão, por exemplo, contra a aprovação do Código Florestal, a greve dos professores da rede estadual, a diminuição das reservas indígenas e a luta por mais investimento na agricultura familiar. “Na Marcha da Liberdade, cada um vai defender a sua bandeira”, comentou Mariana.

Organizam voluntariamente a Marcha em Cuiabá integrantes da Central Única das Favelas (Cufa) e estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Mais de 30 cidades brasileiras vão fazer manifestações semelhantes. Segundo Mariana Freitas, os manifestantes têm se organizado pelas redes sociais.

Em uma nota divulgada à imprensa, a organização disse que a Marcha representa uma manifestação informativa, pacífica e apartidária. “Temos plena consciência que outro mundo é possível, um mundo alicerçado em valores atualmente esquecidos, tais como ética, equidade social, cooperativismo, gratidão, e tantos outros”, diz o comunicado.