COPA 2014: Obras estão atrasadas e população teme saída de Cuiabá
Dois anos após o anúncio de que Cuiabá seria uma das subsedes dos jogos da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, a Capital mato-grossense não registra avanços nas providências necessárias para realização do evento esportivo. Tanto que os mato-grossenses estão até descrentes com a participação da Capital no evento.
A Agência Estadual da Copa 2014 (Agecopa) reconhece os problemas de infraestrutura e pessoal nas instituições de segurança, mas afirma que em 3 anos não será possível "resolver todos os problemas de Mato Grosso". Conforme informou por meio de nota, o órgão está focado nas questões essenciais para a realização do evento, como perímetro da Arena de futebol. No momento, não há previsão para início das obras previstas pela autarquia e o único trabalho efetivo é a abertura de licitação para contratar a produção do projeto arquitetônico do Centro de Comando e Controle, onde se concentrarão as articulação das forças policiais.
Entre as prioridades está a construção do 10º BPM, as Delegacias de Atendimento ao Turista e Proteção às Marcas, que serão edificadas em terreno a ser cedido pela Prefeitura de Cuiabá na avenida 8 de abril e adequação do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros. Há previsão para uma base comunitária no bairro Santa Izabel, na Capital, e o fortalecimento dos grupos especiais de tática e inteligência da PM.
O custo para execução do projeto não está orçado. Assim como a estimativa de efetivo necessário, os investimentos poderão ser medidos somente após o sorteio das seleções de futebol, que jogarão na Arena. Trabalha-se com a capacidade de 43 mil pessoas no estádio. A autarquia diz se "preparar para dar segurança a uma cidade que terá a sua própria população aumentada, além do público flutuante que virá para a Copa". Mas, define sua competência dentro da área de interesse do evento. "Importante frisar que conhecemos as necessidades de estruturação não só do Corpo de Bombeiros, mas de todas as instituições no Estado. Entretanto a tarefa não é somente com a Agecopa e nesse curto período de tempo não será possível resolver todos os problemas de Mato Grosso", informa em nota.
Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) acompanha o desenvolvimento do Plano de Segurança e Proteção Social da Agecopa. Secretário-adjunto de segurança, Alexandre Bustamente, garante que o efetivo será suprido nos próximos 3 anos com formação de agentes nas academias. Em relação ao déficit na PM, mesmo após a inclusão do número de policiais previstos, Bustamante garante que não acarretará prejuízo para realização da Copa. O governo estuda a possibilidade de incremento de mais policiais e investimentos na compra de câmeras de monitoramento.