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Senai qualifica comunidades quilombolas de Poconé
A comunidade quilombola Campina de Pedra, localizada no município de Poconé (a 115 quilômetros de Cuiabá), possui 200 habitantes e apenas dois computadores. O número de equipamentos parece pequeno para a quantidade de pessoas. No entanto, os computadores mal são usados por falta conhecimento em informática entre as pessoas do local. É o que explica Teófilo Mendes da Silva, 50 anos, representante da comunidade, que tem esperança de ver esta situação mudar. Ele é um dos 70 estudantes que concluíram recentemente o curso de Operador de Microcomputador, oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MT) para promover a inclusão digital das famílias na região.
"A comunidade sempre teve este sonho de ter um curso de informática aqui. Não é porque a gente mora no campo que não temos que ter conhecimento, né?", comenta Teófilo, que é o presidente da Associação da Comunidade Negra Rural Quilombola Campina de Pedra. Ele explica também que agora que alguns moradores já concluíram o curso na área, a intenção deles é conseguir mais computadores para a comunidade e levar acesso à internet para a região. Na localidade, ninguém tem computador em casa e os dois únicos equipamentos de lá são da Associação. "A gente tem esperança de melhorar nossa vida aqui. Temos seis mulheres que concluíram o magistério, mas não conseguiam trabalho na área porque não sabiam mexer no computador", conclui.
O diretor regional do Senai-MT, Gilberto Figueiredo, lembra que o trabalho desenvolvido nas comunidades rurais quilombolas integra o Programa Senai de Ações Inclusivas (PSAI), que busca promover a universalização do acesso à Educação Profissional, contribuindo para ampliar as oportunidades no mercado de trabalho às pessoas com deficiência, baixa-renda ou a grupos que sofrem vulnerabilidade e/ou exclusão social. "Agradeço o empenho das comunidades para participação nos cursos do Senai, e parabenizo toda a equipe responsável por este trabalho. No ano passado, estivemos em Mata Cavalo, localizada em Nossa Senhora do Livramento, onde qualificamos aproximadamente 130 pessoas. Agora nosso foco são as comunidades quilombolas de Campina de Pedra, Jejum e Chumbo, em Poconé".
Uma das histórias mais comoventes da região é a da bióloga Marinete de Almeida Lima e Silva, 30 anos. Residente na comunidade de Chumbo, ela revela ter sofrido preconceito por não saber manusear o computador. "Fui fazer um concurso público, e me disseram que eu não teria chances de passar". Ela graduou-se no curso universitário recentemente, e conta que durante os cinco anos de graduação pagou a digitação dos seus trabalhos. No entanto, após a oferta da qualificação na comunidade rural, Marinete aprendeu noções básicas de informática e orgulha-se de ter feito sua monografia. "Escrevia tudo à mão e pagava para alguém digitar. Agora é diferente. Digitei meu trabalho de conclusão de curso no Word e também fiz a minha apresentação para a banca em powerpoint".
Para o presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial, Pedro Reis Oliveira, a iniciativa do Senai-MT é muito importante para facilitar o acesso à qualificação nas comunidades rurais quilombolas e dar oportunidade para que estas pessoas tenham chances de concorrer em condições mais igualitárias no mercado de trabalho. "É uma injeção de ânimo para eles, ainda mais porque conquistaram o certificado do Senai, instituição de ensino profissional com credibilidade em todo país".
NOVAS TURMAS – Após conclusão do curso de Operador de Microcomputador na comunidade de Campina de Pedra e Chumbo, agora o Senai-MT oferece a qualificação em Jejum, na mesma região. Lá, mais 60 pessoas começaram esta semana o curso, cujas aulas são ministradas no ônibus-escola do Senai-MT, por meio do programa Senai Itinerante. A instituição também prevê abertura de mais uma turma da mesma qualificação em Campina de Pedra. Além de promover a responsabilidade social de comunidades rurais, o Senai Itinerante oferece educação profissional a localidades onde não há unidades do Senai-MT instaladas por meio de carretas e ônibus-escola móveis e kits didáticos. O programa é operacionalizado pela Escola Senai da Construção.
"A comunidade sempre teve este sonho de ter um curso de informática aqui. Não é porque a gente mora no campo que não temos que ter conhecimento, né?", comenta Teófilo, que é o presidente da Associação da Comunidade Negra Rural Quilombola Campina de Pedra. Ele explica também que agora que alguns moradores já concluíram o curso na área, a intenção deles é conseguir mais computadores para a comunidade e levar acesso à internet para a região. Na localidade, ninguém tem computador em casa e os dois únicos equipamentos de lá são da Associação. "A gente tem esperança de melhorar nossa vida aqui. Temos seis mulheres que concluíram o magistério, mas não conseguiam trabalho na área porque não sabiam mexer no computador", conclui.
O diretor regional do Senai-MT, Gilberto Figueiredo, lembra que o trabalho desenvolvido nas comunidades rurais quilombolas integra o Programa Senai de Ações Inclusivas (PSAI), que busca promover a universalização do acesso à Educação Profissional, contribuindo para ampliar as oportunidades no mercado de trabalho às pessoas com deficiência, baixa-renda ou a grupos que sofrem vulnerabilidade e/ou exclusão social. "Agradeço o empenho das comunidades para participação nos cursos do Senai, e parabenizo toda a equipe responsável por este trabalho. No ano passado, estivemos em Mata Cavalo, localizada em Nossa Senhora do Livramento, onde qualificamos aproximadamente 130 pessoas. Agora nosso foco são as comunidades quilombolas de Campina de Pedra, Jejum e Chumbo, em Poconé".
Uma das histórias mais comoventes da região é a da bióloga Marinete de Almeida Lima e Silva, 30 anos. Residente na comunidade de Chumbo, ela revela ter sofrido preconceito por não saber manusear o computador. "Fui fazer um concurso público, e me disseram que eu não teria chances de passar". Ela graduou-se no curso universitário recentemente, e conta que durante os cinco anos de graduação pagou a digitação dos seus trabalhos. No entanto, após a oferta da qualificação na comunidade rural, Marinete aprendeu noções básicas de informática e orgulha-se de ter feito sua monografia. "Escrevia tudo à mão e pagava para alguém digitar. Agora é diferente. Digitei meu trabalho de conclusão de curso no Word e também fiz a minha apresentação para a banca em powerpoint".
Para o presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial, Pedro Reis Oliveira, a iniciativa do Senai-MT é muito importante para facilitar o acesso à qualificação nas comunidades rurais quilombolas e dar oportunidade para que estas pessoas tenham chances de concorrer em condições mais igualitárias no mercado de trabalho. "É uma injeção de ânimo para eles, ainda mais porque conquistaram o certificado do Senai, instituição de ensino profissional com credibilidade em todo país".
NOVAS TURMAS – Após conclusão do curso de Operador de Microcomputador na comunidade de Campina de Pedra e Chumbo, agora o Senai-MT oferece a qualificação em Jejum, na mesma região. Lá, mais 60 pessoas começaram esta semana o curso, cujas aulas são ministradas no ônibus-escola do Senai-MT, por meio do programa Senai Itinerante. A instituição também prevê abertura de mais uma turma da mesma qualificação em Campina de Pedra. Além de promover a responsabilidade social de comunidades rurais, o Senai Itinerante oferece educação profissional a localidades onde não há unidades do Senai-MT instaladas por meio de carretas e ônibus-escola móveis e kits didáticos. O programa é operacionalizado pela Escola Senai da Construção.
Fonte:
Sistema FIEMT
URL Fonte: https://toquedealerta.com.br/noticia/19980/visualizar/