Taques reforça que irá acompanhar as ações da Agecopa
Em audiência pública realizada pela Subcomissão de Acompanhamento da Copa do Mundo de 2014 do Senado, que ouviu Yênes Magalhães e Agripino Bonilha - respectivamente, presidente e diretor da Agecopa-MT -, o senador Pedro Taques (PDT) questionou o modelo de gestão adotado pela Agência e aspectos relacionados à reforma do aeroporto,cronograma de obras e legado social do evento. Por conta da superficialidade das respostas obtidas, o pedetista afirmou que dará continuidade ao acompanhamento das ações pró-Copa.
O senador, que já encaminhou Requerimento à Mesa do Senado para que o Ministério dos Esportes apresentasse a todos os Senadores as exigências da Fifa para as cidades-sede, deu início à participação na audiência questionando Yênes sobre a necessidade da criação da Agência e ainda se o modelo de gestão existe em outras sedes ou se é exclusivo de Mato Grosso.
“Gostaria de saber os motivos pelos quais a Agecopa foi criada, entender se o trabalho exercido por ela não poderia ser executado pelas secretarias já existentes e se outras sedes também criaram uma Agência semelhante. Em seguida, gostaria que respondesse se o senhor julga ideal o modelo de decisões adotado pela Agecopa. As decisões horizontais não burocratizam o processo de discussão?”, elencou o senador.
Yênes respondeu que Mato Grosso é o único Estado sede que adotou o modelo e que o intuito do Governo na criação da Agência era “manter o foco” nas ações referentes à Copa. “A Sinfra, por exemplo, tem que atender 141 municípios. A idéia de constituir a Agecopa era justamente garantir que os trabalhos da Copa fossem efetivados”, explicou. Sobre as outras questões, o presidente foi reticente e alegou que o modelo de gestão (horizontal) foi escolhido para que o Estado pudesse acompanhar de perto as ações do órgão colegiado.
O senador Pedro Taques perguntou também se o cronograma de obras estabelecido pela Fifa está sendo cumprindo e se Cuiabá terá condições de sediar a Copa das Confederações, em 2013. Contrariando as especulações, Yênes garantiu que em dezembro de 2012 a Capital já terá concluído a arena esportiva e os três centros de treinamentos exigidos pelo Comitê Internacional.
Outro questionamento feito pelo senador pedetista ao presidente da Agecopa diz respeito ao aeroporto internacional Marechal Rondon. “Qual será a situação do nosso aeroporto? Será feito um puxadinho ou uma re-estruturação efetiva?”, disse. Na resposta, Yênes admitiu que uma das preocupações é o aeroporto Marechal Rondon que teve as obras repassadas ao Estado e a exigência de liberação do Consema para realizar algumas obras. Sem se aprofundar no tema, o presidente completou afirmando que os membros da Agecopa estão comprometidos a acompanhar esses pontos.
Em seguida, o senador Pedro Taques pediu uma profunda reflexão sobre a questão social. “Qual será o legado da Copa para Cuiabá e para todo o Estado?".
Por fim, o senador pediu esclarecimento sobre o papel do Governo do Estado na garantia de políticas de educação e segurança pública. “Não estamos falando apenas de infra-estrutura, estamos falando de gente. Mato Grosso está preparado para qualificar pessoas? Quais são as ações específicas do Governo para garantir educação e segurança pública de qualidade?”, finalizou.
Subcomissão - O objetivo da subcomissão é promover um ciclo de debates sobre os projetos e o andamento das obras da Copa nas 12 subsedes brasileiras. Com os apontamentos, a subcomissão pretende reunir os subsídios necessários para traçar uma agenda de trabalho sobre a Copa. A Comissão também está encarregada de acompanhar a liberação dos recursos federais, já que grande parte das obras será executada com recursos da União.
A reunião foi presidida pelo senador Blairo Maggi (PR). Além de Taques que é membro da Sub-comissão participaram da audiência senador Jayme Campos (DEM) e pelos deputados federais Valtenir Pereira (PSB), Júlio Campos (DEM) e Ságuas Moraes (PT).