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CIDADE
Quarta - 09 de Março de 2011 às 07:53

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Foto: Arquivo/Ilustrar
O óleo de cozinha, quando descartado de forma incorreta, se torna um resíduo altamente poluente.
O óleo de cozinha, quando descartado de forma incorreta, se torna um resíduo altamente poluente.

Embora muitas pessoas não saibam, o óleo de cozinha, quando descartado de forma incorreta, se torna um resíduo altamente poluente. Segundo estudos sobre degradação ambiental, cada litro que é lançado no meio ambiente pode poluir um milhão de litros de água. Este dado alarmante piora quando são notados outros prejuízos causados pelo descarte incorreto, como a diminuição da oxigenação da água dos rios, a impermeabilização do solo que facilita enchentes e entupimento de tubulações.

Para que este óleo de cozinha usado, que antes seria inutilizado, possa voltar para um ciclo produtivo com foco na sustentabilidade e no desenvolvimento econômico, a empresa Maxvinil Tintas filiada ao Sindicato das Indústrias Químicas do Estado de Mato Grosso (Sindiquimi-MT), desenvolve o Projeto Óleo Ecológico. Realizando diariamente a coleta destes resíduos em comércios, escolas, condomínios e bairros da baixada cuiabana, o projeto organiza o recolhimento e disponibiliza galões de armazenamento em vários tamanhos que correspondem à necessidade de cada ponto de coleta. Além de recolher o produto que já foi utilizado, é pago um valor simbólico de R$ 0,50 por cada litro ou são gerados cupons no mesmo valor que dão direito a descontos na compra de tintas direto na fábrica da Maxvinil.

Depois de recolhido, o óleo é encaminhado à indústria, reciclado e transformado em esmalte sintético. Esta logística reversa de reaproveitamento e processamento de resíduos diminui o impacto ambiental da exploração de matérias-primas virgens e contribui para um ciclo produtivo mais sustentável. O grande desafio social agora é fortalecer a divulgação desta ação, conscientizando a população da importância de colaborar.

Conforme explica o coordenador do Projeto Óleo Ecológico da Maxvinil, Tabajara Irapuan Garcia, os resultados obtidos são muito positivos, mas é preciso que mais pessoas compreendam este desafio. “Mensalmente realizamos o recolhimento em 580 pontos de coleta, contabilizando cerca de cinco mil litros de óleo de cozinha retirados do meio ambiente. Mas sabemos que o descarte incorreto ainda é muito grande e nosso objetivo é multiplicar este alcance”, frisa ele.

Para a comerciante Marileide Santos Ferraz, que há alguns meses aderiu a esta forma ecológica de direcionar o óleo utilizado do restaurante, os resultados valem a pena. “Utilizo um recipiente adequado para a biocoleta e sei que o óleo terá um direcionamento correto, com vantagens para mim e para o meio ambiente.”

Além de fazer a coleta em comércios e condomínios, o Projeto Óleo Ecológico tem vários pontos de recolhimento em Cuiabá e Várzea Grande. Entre os principais estão o Ministério Público Estadual, a Associação Espírita Wantuil de Freitas e na avenida do CPA, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Estabelecimentos, escolas e creches que se interessem em eliminar o óleo de cozinha utilizado de forma correta podem entrar em contato pelos telefones (65) 3611 3050 ou (65) 9954 6441.






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