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TURISMO
Sexta - 31 de Dezembro de 2010 às 09:12
Por: Caroline Lanhi A GAZETA

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Lacres nas praias foram colocados na manhã de ontem; faixas e placas informam a comunidade e também alertam sobre riscos
Lacres nas praias foram colocados na manhã de ontem; faixas e placas informam a comunidade e também alertam sobre riscos

Os locais de banho da Passagem da Conceição estão interditados por tempo indeterminado. O lacre das praias é uma determinação da Prefeitura de Várzea Grande em conjunto com a Defesa Civil do município. A decisão foi tomada pelo prefeito Murilo Domingos às vésperas dos festejos de Reveillon e executada na manhã de ontem (30). A interdição se deve às 9 mortes por afogamento que aconteceram naquela região desde julho de 2010, sendo 2 somente em dezembro.

O coordenador da Defesa Civil de Várzea Grande, Rodrigo Alonso, defende que a proibição é importante para evitar mais acidentes fatais. Na região da Passagem da Conceição, o rio Cuiabá possui muitos poços e crateras que servem como armadilhas para os banhistas. Além disso, o perigo aumenta nessa época do ano, quando o rio está cheio e com fortes correntezas. Outro agravante apontado por Alonso é o aumento do número de turistas no local, por causa da interdição da Salgadeira, determinada pela Justiça em 15 de setembro.

A notícia pegou comerciantes e turistas de surpresa. Diomedeis Pereira, 59, estava mostrando a Passagem da Conceição para 2 amigos que são de outro estado e presenciou a interdição. Para ele a decisão é sensata, ainda que tenha um impacto no turismo da região. "Muitas pessoas vem aqui bêbadas e acabam se arriscando. Quando as pessoas bebem se acham corajosas e perdem a noção do perigo. Acho que o lacre é pelo bem da população".

Por outro lado, teve banhista que não gostou da ideia. Uma delas é Marilena Petersen Moretti, 61, que também tentou apresentar o local a turistas, mas não pode entrar na água. Para ela, interditar não é a melhor solução, pois os banhistas vão continuar se arriscando. "O que falta aqui são profissionais que fiscalizem, orientem e conscientizem os turistas, sem proibir isso ou aquilo. Lacrar é um impacto muito grande que traz prejuízos. Não adianta sair lacrando tudo o que é ponto turístico do Estado. O que precisa é de fiscalização".

O comerciante Máximo Gonçalves de Morais, 69, destaca que além de prejudicar o comércio a interdição não vai intimidar aquelas pessoas que gostam de consumir drogas, lícitas e ilícitas, e depois se arriscar no rio.

O coordenador da Defesa Civil destaca ainda que enquanto não for possível firmar uma parceria com o Corpo de Bombeiros para que haja fiscalização na Passagem da Conceição e, assim, evitar o descumprimento da decisão, a Defesa Civil vai solicitar que um efetivo faça rondas periódicas na área.


 




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