Toque de Alerta - toquedealerta.com.br
SISTEMA PRISIONAL
Quarta - 15 de Dezembro de 2010 às 17:10
Por: LIDIANA CUIABANO

    Imprimir


Arquivo-Divulgação
Arquivo-Divulgação

Um espaço destinado a qualificação profissional dos reeducandos do regime semiaberto, para que, assim que entrem no regime aberto e possam ser reinseridos no mercado de trabalho. Assim vai funcionar a Colônia Industrial do Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC). O projeto está previsto no Plano de Modernização do Sistema Penitenciário 2010 - 2021, na ‘Política de Liberdade Assistida e Trabalho’. O CRC é a primeira unidade prisional do Estado a contar com a Colônia Industrial. O espaço será inaugurado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) nesta quinta-feira (16.12), às 10h, no Centro de Ressocialização de Cuiabá.

Segundo o diretor do CRC, Dilton Matos de Freitas, num primeiro momento, 40 reeducandos do regime semiaberto serão transferidos para o espaço, que terá, além de sala de aula para educação, diversas oficinas profissionalizantes. “A colônia irá proporcionar ao reeducando do regime semiaberto a oportunidade de se capacitar antes de entrar para o regime aberto”, observou o diretor.

A Colônia Industrial é um espaço anexo ao CRC, com alojamento e oficinas de trabalho. Além das fábricas já existentes dentro do Centro de Ressocialização de Cuiabá, outras oficinas como mecânica, funilaria, fábrica de vassoura, rodos e artefatos de cimento serão implantadas na Colônia, com metas de instalação de outros projetos futuramente, segundo o diretor.

Além da capacitação, uma das vantagens da Colônia Industrial é a separação dos reeducandos do regime semiaberto dos que estão no regime fechado. “No espaço, eles estarão trabalhando e se preparando para enfrentar a sociedade quando voltarem ao meio social. Outro ponto positivo é a separação desses reeducandos dos demais que se encontram em regime fechado, pois quando misturados, é mais difícil mudá-los”, disse o diretor.

Atualmente o Centro de Ressocialização de Cuiabá abriga 1.300 reeducandos, e é a unidade prisional do Estado com maior número de atividades voltadas para a reinserção social. Os trabalhos começaram em 2005, quando foi criada as primeiras oficinas de vassoura, marcenaria e sapataria.

De forma gradativa os projetos foram ampliando e ganhando espaço no Centro. Atualmente são 11 oficinas funcionando dentro da unidade: fábrica de calçados, confecção de bolas, confecção de vassouras produzidas de garrafas pets, marcenaria, reciclagem de papel, serralheria, confecção de bloco de cimento para construção civil, confecção de cuia para tereré, conserto de ar-condicionado e geladeira e confecção de diversos artesanatos. A mais recente oficina é de artes gráficas, na qual os reeducandos produzem camisas personalizadas, banners, flyers, folders, estamparia, serigrafia, cartões de visita, entre outros.

Para fazer parte dos trabalhos desenvolvidos dentro das oficinas, os reeducandos passam por avaliação psicológica, da assistente social e de uma comissão interna que avalia o comportamento, comprometimento e responsabilidade que o reeducando terá com o serviço. Depois da avaliação ele é encaminhado para a oficina de acordo com a sua habilidade.

Na terça-feira (14.12), 13 reeducandos concluíram o curso de culinária, ofertado pela unidade. Na capacitação de 120 horas, os reeducandos aprenderam a cozinhar comidas típicas da região e outros pratos.






URL Fonte: https://toquedealerta.com.br/noticia/21535/visualizar/