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CIDADE
Segunda - 08 de Novembro de 2010 às 15:09
Por: Sandra Carvalho

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O mini-estádio José da Silva Oliveira “Bife”, no bairro Figueirinha, em Várzea Grande, que deveria estar promovendo a cidadania, há mais de três anos vem servindo como ponto de uso de drogas e prática de sexo. As paredes estão depredadas, sanitários quebrados e o local tem um odor insuportável. Pelo chão, fezes, objetos utilizados para o consumo de entorpecentes e preservativos.

 

 
Odilson da Silva, que reside nas proximidades do mini-estádio, lamenta a condição de abandono. “Eu cheguei a morar neste vestiário para evitar a entrada de vândalos”, lembra, mas teve que deixar o local porque tinha que trabalhar para se sustentar. “Queriam que passasse o dia trabalhando aqui em troca da moradia, mas eu não ficaria sem emprego”, justifica.
 

 
As crianças do bairro participam de atividades esportivas no mini-estádio – todas de caráter voluntário – e não podem fazer uso dos sanitários porque o ambiente e deplorável. Há três anos o abandono foi denunciado e a Secretaria de Esportes de Várzea Grande se pronunciou garantindo a reforma e manutenção do mini-estádio, o que até hoje não ocorreu.

Enquanto isso, crianças e jovens do bairro ficam a mercê da violência das ruas por falta de opções de lazer e esporte. Os projetos sociais vão sobrevivendo pela insistência de pessoas que acreditam na formação moral dessas crianças através da prática esportiva e que mantém escolinhas de futebol, por exemplo, voluntariamente.

 

 
Por outro lado, a falta de respeito com o já falecido atleta que fez história dando títulos ao futebol mato-grossense, o José da Silva Oliveira, nacionalmente conhecido como “Bife” e que estaria sendo homenageado pela Prefeitura de Várzea Grande ao emprestar seu nome a este mini-estádio que hoje é símbolo do descaso, da dependência química e da promiscuidade.

 

 
 

 

Fotos: Sandra Carvalho





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