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TURISMO
Sábado - 23 de Outubro de 2010 às 12:09
Por: RAQUEL TEIXEIRA

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Lenine Martins/Secom-MT
Artesanato produzido por ceramistas de São Gonçalo Beira Rio
Artesanato produzido por ceramistas de São Gonçalo Beira Rio
O artesanato brasileiro e mato-grossense são destaques em qualquer lugar onde são expostos os trabalhos, o fazer do artesão que põem em cada peça um pouco de sua vivência, da cultura e da história dos lugares. Para divulgar esse fazer tão especial de centenas de pessoas, o Ministério do Turismo em parceria com o Sebrae criou mais uma ferramenta de promoção para a produção associada ao turismo de 15 destinos do País e lançou em versão digital o guia do Projeto Caminhos do Fazer (www.fazeresdobrasil.com.br ).

No site, lançado nesta semana durante a Feira das Américas-ABAV 2010 no Rio de Janeiro, são divulgados os artesãos e artistas mostrando a diversidade cultural e a identidade regional por meio de trabalhos como a viola de cocho, símbolo da cultura de Cuiabá; as associações folclóricas como o grupo de siriri Flor Ribeirinha, as peças em cerâmica da comunidade de São Gonçalo Beira Rio ou as redes de tear produzidas nas comunidades de Limpo Grande.

Fruto deste projeto, o guia é o resultado de um esforço conjunto em torno da valorização da diversidade brasileira. A proposta é oferecer alternativas interessantes, vinculadas aos saberes e fazeres locais, que possam enriquecer roteiros turísticos desenvolvidos e comercializados pelo Brasil. Os 15 destinos turísticos selecionados percorrem as cinco regiões do Brasil e fornecem ao turista um pouco de encantamento, levando-o a descobrir a história dos lugares e toda manifestação dos traços de identidade por meio do artesanato, das danças e da culinária.

Fazeres de Mato Grosso

No site projetado para divulgação dessa diversidade cultural por meio do artesanato, a produção associada do “Fazeres do Brasil” está dividida nas categorias: unidades produtivas, manifestações culturais e culinária típica.

Nas unidades produtivas de Cuiabá estão artistas como o Alcides dos Santos, que produz a típica viola de cocho, arte que em sua família passa de uma geração a outra. Entre as associações estão a Associação Arte Limpo, da comunidade de Limpo Grande, em Várzea Grande, onde artesãs habilidosas confeccionam a famosa rede cuiabana além de outras peças, como caminho de mesas e jogos americanos. Outra associação que levou seus produtos Brasil e mundo afora é a dos Artesãos de São Gonçalo Beira Rio. Na comunidade ribeirinha, a tradição passa de uma família a outra com a produção de peças de cerâmica. Cada peça retrata um pouco do cotidiano, das tradições e da fauna e da flora mato-grossenses. É possível visitar os quintais das casas e conhecer a produção das peças, conversar com as ceramistas sobre o modo de produção, e adquirir as peças na loja instalada no Centro Cultural da
Marcos Vergueiro/Secom-MT
Dança do Siriri - Grupo Flor Ribeirinha, de São Gonçalo Beira Rio

Comunidade.

Entre as manifestações culturais, a associação Flor Ribeirinha divulga a cultura regional por meio de danças como o siriri e o rasqueado. É possível conhecer o grupo nos ensaios e conviver com o grupo, permitindo uma experiência única para o turista. O Flor Ribeirinha também se apresenta para grupos de turistas, desde que pré-agendados.

Nas artes plásticas, o ateliê de pintura Miguel Penha promove a cultura em um espaço instalado em uma casa tombada pelo patrimônio histórico. No local funciona exposição permanente das obras e também o ateliê de pintura. Sua obra já recebeu diversos prêmios, como por exemplo, o prêmio de artes plásticas Marco Antonio Vilaça da Funart.

A culinária, como um dos mais apreciados representantes da cultura de um local, também tem seu espaço de divulgação no site do Fazeres do Brasil. A culinária cuiabana, em especial, tem seu charme e mostra toda a diversidade em pratos à base de peixe que tão bem demonstram a cultural local. Quem nunca apreciou um pacu assado na palha de bananeira, recheado com farofa de couve ou comeu uma mojica de pintado e pediu bis? Quem ainda não experimentou esses tradicionais pratos da culinária de “tchapa e cruz” não sabe o que perde. Ou então provar dos deliciosos quitutes da dona Eulália, do bairro da Lixeira – o bolo de arroz ou o de queijo e a chipa que ela serve em sua casa desde 1951.

Acesse e descubra esse Brasil que tanta diversidade possui e muitos brasileiros e estrangeiros têm a oportunidade de redescobrir a cada dia em sua viagens e passeios, seja por meio da arte, da culinária, da dança, da rede que vai esticar em uma varanda, do sabor de um doce ou um licor, do cheiro que aguça e desperta sentidos e lembranças.






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