Desorganização tributária incentiva a informalidade
O Brasil passa por um período de verdadeiro furor arrecadatório, tanto que até o final deste mês os impostos pagos pela população deverão chegar a R$ R$ 1 trilhão, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. A quantia eleva mais ainda a arrecadação, mas a população não enxerga melhorias nos serviços que lhe são oferecidos pelos governos das três esferas, o que revela as discrepâncias e a desorganização do sistema tributário.
“Esta desorganização incentiva a informalidade e aumenta o número de horas que o empresário brasileiro gasta para cumprir suas obrigações tributárias: são 2,6 mil horas/ano, o dobro da média mundial”, diz José Chapina Alcazar, presidente do Sescon-SP (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento no Estado de São Paulo) e coordenador do Fórum Permanente em Defesa do Empreendedor.
Para Chapina, é urgente a reforma tributária, mas acompanhada do enxugamento da máquina estatal. “A medida pode não agradar alguns, mas é benéfica e necessária, da mesma forma que é premente mais eficiência na gestão dos gastos públicos”, acrescenta o presidente do Sescon.