Mantega vê "guerra cambial" e reitera arsenal do governo
Ele ponderou que há expectativas de "uma calmaria" após o processo de capitalização da Petrobras, mas se isso não ocorrer o governo tem seu arsenal para agir.
O ministro disse ainda que o governo não pretende taxar investimentos estrangeiros. Ele lembrou, no entanto, que o país já tomou, no ano passado, medidas para conter a entrada excessiva de capital de curto prazo como a adoção de IOF sobre aplicações externas em ações e renda fixa.
Mantega citou também que o governo já vem comprando mais dólares no mercado à vista, fazendo com que as reservas internacionais do país superem 270 bilhões de dólares.
"Vivemos hoje uma guerra cambial internacional, uma desvalorização cambial generalizada. Isso nos ameaça porque tira a nossa competitividade", afirmou durante evento em São Paulo.
Mais tarde, Mantega acrescentou que a intensificação da competição comercial depois da crise global "tem uma vertente cambial muito forte".
"Os países estão procurando desvalorizar suas moedas, estou falando até de Estados Unidos, Europa e Japão... os países avançados também estão empenhados em desvalorizar suas moedas."
O dólar operava praticamente estável nesta sessão, cotado a 1,712 real, mas no mês acumula queda de mais de 2,5 por cento.