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ECONOMIA
Sexta - 13 de Agosto de 2010 às 17:58
Por: Silvio Cascione

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O dólar fechou com discreta baixa frente ao real nesta sexta-feira, devolvendo parte da valorização acumulada nas três sessões anteriores.

A moeda norte-americana recuou 0,11 por cento, a 1,772 real. Na semana, o dólar subiu 0,74 por cento, mas não oscilou fora da faixa de 1,75 a 1,78 real.

O volume nesta sessão, conforme indicavam dados da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa, era de cerca de 1,9 bilhão de dólares perto do fechamento. Neste mês, a média diária vinha sendo superior a 2 bilhões de dólares.

"Foi um movimento de realização, mas não tem um fundamento muito grande. O volume está baixo", disse o operador de câmbio de uma corretora em São Paulo, que não quis ser citado.

O saldo da semana, no entanto, indica uma pressão menor por uma intervenção do Banco Central no mercado de derivativos, com a oferta de swaps cambiais reversos.

A taxa do FRA (forward rate agreement) de cupom cambial para outubro, de prazo mais curto, caía a 1,54 por cento nesta tarde, menor nível desde junho, ante máxima de 2,75 por cento no final do mês passado .

"Aquela preocupação que apareceu dias atrás com um swap do BC foi um pouco apaziguada. As posições, que estavam nas extremidades, estão se corrigindo gradativamente e, junto com isso, a taxa (de câmbio) está se apreciando um pouco", disse.

O operador fazia referência à posição vendida dos estrangeiros no mercado futuro e de cupom cambial (DDI), que caiu de 7 bilhões de dólares no fim do mês passado a 4,8 bilhões de dólares na quinta-feira, e à posição vendida dos bancos no mercado à vista, que tem diminuído com a entrada líquida de dólares nas últimas duas semanas.

Na próxima semana, o mercado local deve manter-se em linha com o comportamento do cenário externo. "Não há nenhuma operação grande em vista", afirmou.

Mas os analistas Roberto Melzi e Jimena Zuniga, do Barclays Capital, lembraram que a próxima semana terá o início do horário eleitoral gratuito na televisão, na terça-feira.

"O cenário político provavelmente vai esquentar... com o quadro atual de incerteza sobre a visão econômica dos principais candidatos", escreveram os analistas, que preveem dólar a 2 reais daqui a três meses e a 1,90 real daqui a seis meses.






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