Setecs avalia que mais de 270 mil famílias estão cadastradas no CadÚnico

Acompanhar, monitorar, qualificar e dar suporte técnico aos projetos sociais do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS). Esta é a missão da Secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs) para que as famílias dos municípios de Mato Grosso sejam contemplados com Programas como o Bolsa Família e o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI).

Dados revelam que no Estado existem 271 mil famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), um instrumento que identifica e caracteriza as famílias com perfil para participar dos projetos, ou seja, com renda mensal de até meio salário por pessoa ou três salários mínimos no total.

Em Mato Grosso existem 168.785 pessoas participantes do Bolsa Família. Todos os 141 municípios possuem famílias que recebem os benefícios do programa, resultado do esforço da Setecs em qualificar e treinar os gestores municipais que atendem os cidadãos de baixa renda de cada cidade que compõe o Estado.

A equipe de servidores da Secretaria Adjunta de Assistência Social da Setecs percorre Mato Grosso de norte a sul também para realizar o monitoramento das ações. “Observamos se os municípios estão preenchendo corretamente os formulários dos programas nos SUAS-Web, o sistema informatizado da Assistência Social”, disse a coordenadora de Transferência de Renda, Laurair de Souza Grossi. “Além disso é verificado se as famílias cadastrados nos projetos atendem os critérios de renda estipulados pelo MDS”.

Já o PETI, um dos programas do Sistema Único da Assistência Social (SUAS) integra ações para a retirada de crianças e adolescente das práticas de trabalho infantil. A grande preocupação com a inserção de trabalho dos menores de 14 anos são os prejuízos na educação e na saúde, além das conseqüências psicológicas.

No Estado, cerca de 15.887 famílias recebem apoio do PETI, bem como o acompanhamento familiar através do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Ambos são pilares das ações sociais e dos programas do Governo Federal, por isso, também alvo de monitoramente freqüente da Setecs.

“Os Cras e Creas devem realmente cumprir as funções a que se destinam, com infra-estrutura adequada e mão-de-obra capacitada”, observou o secretário Adjunto da Setecs, José Rodrigues Rocha Júnior. “Nós da Assistência Social temos feito um esforço muito grande para que seja efetuada transferência de renda para quem realmente precisa. Pesquisas apontam que houve uma redução da pobreza extrema no país, principalmente em Mato Grosso, onde os programas sociais tiveram uma contribuição fundamental neste processo”, explicou.

BENEFICIADOS

Os beneficiados dos programas sociais, coordenados pela Setecs no Estado afirmam o quanto os valores repassados às suas famílias são importantes na complementação de suas rendas. Vania Ferreira da Silva, por exemplo, é mãe de seis filhos e recebe pouco mais de um salário mínimo por mês. “A ajuda que recebo do Bolsa Família é algo muito bom em minha vida, porque sei que posso contar com aquele valor todo mês. Para ter acesso ao programa, sempre realizo o recadastramento dos dados e assim, receber o dinheiro, que faz uma grande diferença na minha vida e na vida dos meus filhos”, afirmou.

Para Patrícia Pereira da Silva, de 32 anos, a ajuda do Governo Federal faz a complementação alimentar de sua família. “É com esse dinheiro que compro leite, iogurte e fruta para os meus filhos no final do mês e dou um pouco de conforto para minha família”.

“Exatamente por sabermos que o Bolsa Família, PETI e tantos outros programas são fundamentais para aqueles que precisam, é que estamos empenhados em fazer nosso trabalho e acompanharmos todo o processo de distribuição dos recursos. Sabemos das dificuldades dos municípios e da complexidade no preenchimento dos formulários dos programas, por isso sempre vamos às cidades para dar o suporte necessário para os munícipes, bem como a realização de várias ações de qualificação e repasse de informações”, conclui José Rodrigues.