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DESENVOLVIMENTO
Segunda - 19 de Julho de 2010 às 22:05
Por: Melissa Silva

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No evento do Itamaraty, ainda foi assinado termo aditivo à Matriz de Responsabilidades da Copa de 2014
No evento do Itamaraty, ainda foi assinado termo aditivo à Matriz de Responsabilidades da Copa de 2014
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou medida provisória, nesta segunda-feira (19/7), que aumenta o limite de endividamento dos estados das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 (Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo). O evento foi no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

Com a edição da MP, foi criada uma excepcionalidade para que os estados possam solicitar financiamento ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com mais facilidade. A ideia é que os recursos sirvam para viabilizar as obras de infra-estrutura, que devem seguir princípios de sustentabilidade e transformar o mundial no evento esportivo verde da década. Com o lançamento da logomarca oficial da Copa do Mundo de 2014 no último dia 8, o presidente Lula reafirmou o compromisso de imprimir a marca da sustentabilidade no Mundial de Futebol que será realizado no Brasil.

Para formular as políticas de viabilização da Copa verde, o Ministério do Meio Ambiente e do Esporte já haviam assinado acordo de cooperação técnica para estabelecer a agenda de sustentabilidade ambiental - tanto para a Copa das Confederações, que acontece em 2013, quanto para a Copa do Mundo FIFA de 2014 -, com o objetivo de assegurar a incorporação da dimensão ambiental na construção dos novos empreendimentos e na reforma dos atuais, bem como a viabilização do licenciamento ambiental dos empreendimentos prioritários.

De acordo com o chefe de gabinete do MMA, Ivo Bucaresky, o grupo de trabalho dos dois ministérios está elaborando as orientações para a FIFA, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e os estados que estão fazendo os empreendimentos de como tornar a nossa copa do mundo mais verde.

"O objetivo é propor que os novos empreendimentos sigam os modelos de Greenbuilding, utilizando as técnicas ambientais mais modernas, tanto de menor uso de material - que impacta menos ao meio ambiente -, quanto na utilização de energia solar, seguindo os princípios da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), de água de reuso, e outras tecnologias que tornem a estrutura ambientalmente mais correta", disse.

Para os estádios que serão reformados, está sendo preparada uma lista baseada nos critérios de LEED, sugerindo, por exemplo, a adaptação para energia solar, o uso de madeira plástica para as cadeiras que eventualmente forem substituídas e, nas grandes melhorias que incluem rede de águas e esgoto, a adoção de sistema de água de reuso ou outro mecanismo que permita economizar utilização de água.

O grupo ainda trabalha em recomendações para área de transporte e de estímulo a utilização do transporte público coletivo, buscando alternativas menos poluentes, além de campanhas para separação e reutilização de lixo, como a reciclagem. "Vamos aproveitar a Copa para fazer uma série de campanhas de educação ambiental", garantiu Bucaresky.

Matriz de responsabilidades - No evento do Itamaraty, ainda foi assinado termo aditivo à Matriz de Responsabilidades da Copa de 2014, que prevê investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), entre 2011 e 2014, da ordem de R$ 5,5 bilhões para 13 aeroportos, das 12 cidades-sede.

Os recursos previstos para os portos são de R$ 740,7 milhões. O valor é destinado à revitalização dos terminais portuários de Salvador (BA), Recife (PE), Natal (RN), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Rio de Janeiro (RJ) e Santos (SP). Os portos terão um papel importante no turismo porque permitirão aos cruzeiros atracar nessas cidades para servir de leitos temporários no período da Copa do Mundo no Brasil.






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