Frio prejudica as vendas na Central de Comercialização da Agricultura Familiar
Devido ao forte frio que começou na última sexta-feira (16.07), apenas quatro municípios da Baixada Cuiabana estiveram na Central de Comercialização da Agricultura Familiar José Carlos Guimarães, localizada em Várzea Grande, vendendo tomate, pimentão, jiló, pepino, banana da terra, maxixe e outras olerículas.
O produtor rural de Nossa Senhora do Livramento, da comunidade de Campo Alegre de Cima, Rogério Migueleti, acredita que o frio atrapalhou o movimento de produtores e compradores. A Central funcionou apenas no período da manhã.
O produtor Rogério, que participa pela primeira vez da comercialização, elogiou o local, as instalações do prédio e destaca que vai trazer os produtos para serem comercializados no espaço dedicado aos produtores rurais. Numa área de 37 hectares, juntamente com a família, produz legumes e hortaliças o ano todo. “Essa é uma atividade rentável que requer dedicação e conhecimento e os meus pais fazem isso desde quando me entendo por gente, ou seja, hoje e sempre”, enfatiza Rogério.
O produtor rural, Adroaldo Brum de Camargo, do Projeto de Assentamento Sadia I, do município de Várzea Grande, ressalta que a Central de Comercialização é um espaço novo e requer tempo para a população conhecer. “Nós estaremos aqui toda semana com produtos de qualidade e principalmente preços para atender os supermercadistas, donos de restaurantes, atacadistas e diversos compradores”, comenta Adroaldo.
O supervisor regional de Cuiabá da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Vico Capistrano Alencar, fala que todo começo de comercialização é meio tímido e isso não seria diferente na Central da Agricultura Familiar do Estado de Mato Grosso. Segundo ele, os 13 municípios da Baixada Cuiabana e Campo Verde estão se organizando para negociar produtos dentro do padrão aceito pelo comércio varejista e atacadista, com qualidade e produtividade o ano todo.
Conforme Capistrano, a Empaer está empenhada em orientar os produtores no atendimento à assistência técnica, crédito rural, sistema de irrigação, caso necessário em algumas propriedades rurais e na informação sobre o padrão de qualidade dos vegetais comercializados. “A nossa expectativa é que entre seis meses, no máximo um ano, a Central esteja funcionando por completo e de forma adequada”, esclarece o supervisor.
O coordenador geral da Central, José Alfredo da Costa Marques, informa que no dia 30 de julho, haverá uma reunião com os produtores rurais para verificar a necessidade de expandir os dias de atendimento da comercialização, que está restrito apenas às sextas-feiras. Participaram da rodada de negociação os municípios de Poconé, Nossa Senhora do Livramento, Jangada e Várzea Grande.