Vanice Marques discursa na abertura oficial do Seminário "Oportunidades de Investimentos em Turismo em Mato Grosso".
Um público estimado em 300 pessoas entre empresários, gestores públicos e estudantes de turismo participou na quinta-feira (01.07) do Seminário Oportunidades de Investimentos em Turismo em Mato Grosso. Promovido pelo Ministério do Turismo (MTur) e Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo, o Seminário trouxe discussões técnicas e abordagens sobre a apresentação de projetos, prospecção de investidores e legislação ambiental aplicada a empreendimentos turísticos.
Abrindo o evento, a secretária de Estado de Desenvolvimento do Turismo, Vanice Marques, falou da preocupação em levar aos gestores e empresários informações e subsídios que possibilitem a Mato Grosso atrair investimentos de forma ordenada e de acordo com as necessidades tanto do momento vigente como dos atrativos que o Estado possui. A secretária ressalta que os Estados que vão sediar grandes eventos têm um chamariz importante para os investidores, porém, não é apenas isso. “A Copa é um dos nossos chamarizes, porém, não podemos esperar que nossa organização se resuma a este evento. Temos um legado que ficará para fortalecer e ampliar nossas riquezas, promover nossas potencialidades e chamar a atenção dos investidores. Mato Grosso é o Estado que mais cresce no País e esse é um fator preponderante quando queremos chamar atenção para que mais investimentos cheguem aqui”, argumentou a secretária de Desenvolvimento do Turismo.
O diretor do Departamento de Promoção e Investimentos do MTur, Hermano Carvalho, ressaltou alguns números que demonstram o quanto o turismo está ganhando força a cada ano no País, em especial, em empreendimentos hoteleiros. Somente a rede internacional Íbis está com 60 novos hotéis em construção no País; no Rio de Janeiro, 44 hotéis de diferentes bandeiras estão sendo erguidos ou ampliados. Segundo Hermano, os números se explicam não apenas em função do País ser a sede da próxima Copa Mundial de Futebol e dos Jogos Olímpicos de 2016, pois os eventos têm prazo para iniciar e finalizar. “O crescimento nos investimentos nas atividades turísticas se explicam pelo aumento no poder aquisitivo da classe média brasileira, que hoje pode gastar um pouco mais, pode usufruir mais do turismo, que é uma atividade consolidada economicamente em nosso País”, destacou o diretor do MTur.
Hermano ressaltou ainda aos participantes que a apresentação de projetos para investimentos externos devem obedecer à peculiaridade de cada região, de cada localidade. “Os agentes de transformação do turismo estão nos municípios, cada um de vocês é quem sabe onde e o que deve ser apresentado a quem visita o Estado”, disse ele, acrescentando que eventos como a Copa e as Olimpíadas são estímulos para aplicação, para melhorias e ampliações nas atividades turísticas, contudo, não devem ser encarados como canal exclusivo para os investimentos.
Sobre as linhas públicas de financiamento para empreendimentos turísticos, o diretor do Ministério do Turismo apresentou entre elas o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), administrado pelo Banco do Brasil, que possui em torno de R$ 400 milhões em crédito disponível para projetos de implantação, modernização, reforma ou ampliação de hotéis e outros meios de hospedagem.
Prospecção de negócios no exterior
A promoção e apresentação do mercado imobiliário e turístico brasileiro no exterior foi tema da palestra de Danilo Canuto, da Associação Brasileira de Desenvolvimento Imobiliário e Turístico (ADIT Brasil), entidade criada em 2006 com a finalidade de promover o turismo residencial e dar orientação e segurança para os investidores nacionais e internacionais, além de coordenar e organizar o desenvolvimento turístico e imobiliário no País. A ADIT iniciou as atividades na região Nordeste e hoje se expandiu por todo o País.
Canuto frisou entre as atividades de prospecção de investimentos externos tendo como mercado alvo países como Portugal e Espanha, alguns dos maiores investidores no mercado hoteleiro no Brasil, e ainda Reino Unido e Estados Unidos.”O que a associação está buscando no mercado é levar projetos bem formatados, criaar canais e estabelecer agendas positivas que possam ampliar e fortalecer os investimentos nesses setore no Brasil”, salientou Danil Canuto.
