MST realiza movimento em Tangará; Representante do Incra esteve presente
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra-MST realizou na tarde de sábado, 29, por volta das 14h, um encontro entre os acampados,
O movimento contou com um número expressivo de acampados, primeiro encontro do MST, após ter entrado em uma área denominada, Granja Buzanello, antigo frigorifico de porcos, do proprietário, Antônio Carlos, e hipotecado pelo Banco do Brasil, segundo um levantamento feito pelo portal CNTnotícias. Informação obtida pelo site à área de pequena proporção poderá ser adquirida para ser implantado um denominado “Projeto Casulo”, possibilitando o assentamento de cerca de 20 famílias.
Outro assunto que dominou a pautas de hoje foi à vinda de um representante do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), representado pelo Superintendente Substituto, Valdir Barranco.
Barranco disse que o Incra está analisando algumas áreas, uma delas a Fazenda Suldamata, onde há um pedido por parte da Funaí, que quer ampliar suas reservas e divisas, porém não descartou uma retomada das conversações para que a área seja cedida para a colonização.
Segundo o representante do Incra, a tomada de decisão do MST pode acelerar o processo e que é válida a reivindicação o movimento e que o órgão esta solidário, pois trabalha para assentar muitas famílias em MT, citando alguns assentamento já criados, exemplo do Assentamento Antonio Conselheiro e Assentamento Oziel Perreira.
Para o coordenador Estadual do MST, Vanderli Scarabeli, a presença do superintendente mostra avanços nas conversações ocorridas durante esta semana em Cuiabá, e em Tangará da Serra, com representantes do Executivo e do Legislativo.
O movimento vai continuar lutando para assentar cerca de 1200 famílias na região, em terras disponibilizadas pelo Incra, onde geraria enorme benefícios para Tangará e região, com o dinheiro que seria desembolsados pelos Assentados, através dos recursos providos do Governo Federal.
O coordenador citou que o conseguiu aproximadamente 200 cestas básicas, para os acampados, e que a luta é para assentar estas pessoas, que busca o direto de ter sua própria terra, para seu sustento. Scarabeli lamentou o fato de este encontro, pela causa, não ter contado com a presença da classe política, uma vez convidada pelo movimento.
Ao comentar sobre o pedido da Funai, que busca ampliar a área de reserva Indígenas, não haveria problemas em ter uma conversa com os amigos indígenas e que caso aconteça de o movimento conseguir a área da Suldamata, em ceder parte para a Funaí, fato que ganharia o movimento popular pela terra e o movimento indígenas.
O coordenador informou que outras áreas foram colocadas para apreciação do Incra e que a luta vai continuar. Outros encontros devem ser realizados, entre os acampados, termina o coordenador.