Dirigente Sindical rebate acusações de detentos contra Agente Prisional
O Presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Prisional do Estado de Mato Grosso – Sindsspris, João Batista Pereira de Souza, veio a público rebater as acusações, que segundo ele, são totalmente inverídicas, no caso calunioso em que a vítima é o Agente Prisional Abrão dos Santos Carvalho. Abraão foi apontado pelos 35 detentos do raio 5 da Penitenciária Central do Estado, de onde cuja fuga foi abortada por policiais militares, quando estes amotinaram e tentaram fugir na última segunda-feira (03). Os presos prontamente recapturados depuseram no Cisc Coxipó, no mesmo dia, formalizando no Boletim de Ocorrências a denúncia de que o citado agente é quem comanda o comércio de drogas e celulares naquela unidade prisional.
João Batista disse ainda que esta foi uma segunda tentativa de fuga, porque os presos já tinham tentado fugir na noite de sábado (01) e madrugada do domingo (02).
“Trabalho no estado, na função de Agente Prisional, há 6 anos e nunca me vi envolvido numa armação dessa natureza. Trabalho na carceragem central, que é o raio 3 e não raio 5, onde aconteceu a tentativa de fuga. Acredito que estes detentos fizeram esta afirmação caluniosa contra minha pessoa, justamente para tirar o foco da fuga abortada, tirando destes a responsabilidade da fuga. Sou muito rigoroso no desempenho de minha função e, acredito ser esse o motivo dessa armação toda. Esse tipo de situação que estou passando, essa calúnia destes criminosos, outros companheiros de trabalho também já passou, por serem rigorosos no desempenho de suas funções. Inclusive, existem agentes que os presos tentam suas transferências de todas as formas, porque são criteriosos no que fazem. E isso não é bem vistos pelos detentos”, disse em sua defesa a reportagem o Agente Abrão.
“Momentos antes da tentativa de fuga dos detentos, no sábado para domingo, houve uma revista surpresa no raio 5, porque os PMs foram alertados por um preso deste raio, de que haveria uma tentativa de fuga. E nesta revista constatou-se que os presos haviam serrado algumas grades para a fuga”, pontuou o Agente Abraão.
O Presidente
O Presidente do Sindsspris, João Batista esclareceu ainda que “o preso quando se vê encurralado, ele procura de alguma forma envolver um servidor que procura trabalhar de forma rígida. Não é a primeira vez que um servidor que trabalha certo nos presídios acaba sendo acusado. Só que como tudo isso é investigado, o próprio Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), vai investigar e com certeza vão quebrar o sigilo telefônico do agente, e vai estar provado de que não existe essa transação, esse acordo com os presos. Esses criminosos querem desviar o foco e até afastar o servidor da unidade prisional. Já existiram casos dos criminosos conseguirem afastar servidores que cumpriam rigidamente os procedimentos de segurança, prá que eles continuassem com suas atividades criminosas dentro dos presídios”.