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CULTURA
Domingo - 02 de Maio de 2010 às 19:55

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O grupo de percussão, ciranda e maracatu Batuquenauá comemora os 5 anos de existência em um mês de apresentações culturais, oficinas e movimentos. Durante todo o mês de maio serão realizadas apresentações em diferentes locais de Cuiabá e Chapada dos Guimarães. O objetivo é a difusão do tambor e todo o universo que permeia esta manifestação artística e cultural brasileira, incluindo o ensino, as tradições, as comemorações e vadiagens.

O grupo abre as comemorações neste dia 01/05 em parceria com músicos da cena musical cuiabana. Sandro Souza, Danilo Bareiro, Samuel Smith e Wanessa Rangel convidam amigos no espetáculo "Toca Raul & Toca Cazuza", na casa noturna Clube de Esquina. O evento começa às 22 horas e tem custo de 7 reais. Já dia 02/05, a batucada será realizada na praça do Verdinho, em um ensaio aberto para a comunidade do CPA conhecer e se envolver com o som.  Dia 09/05 é a vez da comunidade São Gonçalo Beira Rio. Dia 16/05 a reunião acontece em Chapada dos Guimarães, na praça central. Uma oficina rítmica de introdução ao maracatu será ministrada no Centro de Cultura Popular do Parque Geórgia no dia 27/05.

Os locais de apresentação não foram escolhidos à toa. O grupo vê a necessidade de maior abrangência nas suas ações e por isso propõe a formação de agentes sociais através do tambor e da consciência que a música traz para o indivíduo. A idéia é a construção de grupos auto-geríveis, com conhecimento crítico e identidade batuqueira. "Como diz no baque do Estrela Brilhante, não deixa o tambor se calar", brinca o batuqueiro Victor Vieira.

Apresentações em maio marcam volta dos tambores às ruas

Nauá é uma expressão indígena que significa "da gente". O Batuquenauá surgiu em maio de 2005, ano em que o músico e filósofo Arthur Lopes, um dos fundadores, conheceu o maracatu na cidade de Florianópolis (SC). “Fui ao Fórum Social Mundial e conheci algumas músicas com um amigo meu, Daniel Baier. Voltei para Cuiabá com uma alfaia e foi o começo do grupo. Eu já era músico na noite, mas foi meu primeiro contato sério com percussão”,   relembra.

A união de amigos através da música se fortaleceu e resultou em um núcleo de formadores e fomentadores de cultura afrobrasileira em Cuiabá. Através do tambor, do suor, da energia, o som  do grupo de percussão expandiu-se para além das fronteiras da Universidade Federal de Mato Grosso, local dos ensaios, atingiu comunidades, transitou pelas ruas do Porto, nas feiras do Jardim Vitória, na Academia Mato-grossense de Letras, em palcos e praças, em inauguração de biblioteca e lançamentos de livros,  encontros estudantis e festivais ecológicos, tendo seu reconhecimento na memória do povo, na alegria da dança e na formação de batuqueiros.






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