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CIDADE
Sábado - 24 de Abril de 2010 às 14:09

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Contrariando a decisão do juiz federal José Pires da Cunha, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Seguridade, Trabalho e Previdência Social do Estado de Mato Grosso (Sindsprev-MT), Cleones Celestino, tem cobrado indevidamente honorários advocatícios de filiados e não filiados à entidade. O lançamento vem sendo feito há três meses na folha de pagamento dos servidores do Ministério da Saúde (MS), que decidiram recorrer da cobrança.

Os valores são referentes a um processo de anuênio, salário pago a mais por ano de trabalho, ganho na Justiça pelo sindicato. Cleones é advogado, além de presidir a entidade, e decidiu reivindicar os honorários advocatícios, apesar de não ter feito a defesa na ação e, tampouco ter procuração dos servidores.

Foi partindo dessa premissa que a Justiça Federal determinou, em fevereiro do ano passado, que a entidade não cobrasse os custos processuais. Mas, ainda assim, desde fevereiro vem sendo descontado na folha salarial dos trabalhadores do MS.

Destituído em três Assembléias Gerais da categoria, Cleones vem exercendo a presidência do sindicato devido à morosidade da Justiça, que ainda não legitimou o resultado das votações, que elegeram Jorge Frederico Cardoso, da chapa Força Atuante, como novo presidente.

Em 22 de outubro de 2008, o advogado foi destituído do cargo que ocupava há uma década. A categoria alega que Cleones não presta conta dos últimos quatro anos. E, com a cobrança indevida dos honorários, o advogado iria receber cerca de R$ 300 mil de mais de 250 servidores do Ministério da Saúde.

“Ele se intitula presidente do Sindsprev-MT e insiste em cobrar dos servidores esses honorários, alegando que foi aprovada numa Assembléia Geral a cobrança das comissões. E para tumultuar ainda mais, Cleones estrou na Justiça para tentar anular a Assembléia, convocada por ele mesmo”, disparou o presidente eleito, Jorge Frederico Cardoso. “Os trabalhadores estão indignados com essa situação, pois ele tem cobrado até de aposentados esses valores”.

De acordo com Cardoso, os funcionários recorreram a ele para protestar sobre a cobrança indevida, o que motivou o presidente eleito a apresentar denúncia no Ministério Público Estadual (MPE). Além disso, os trabalhadores recorreram ao setor de Recursos Humanos, que decidiu não descontar os valores dos funcionários e encaminhar o caso para o departamento jurídico do MS, em Brasília.

Outras
informações podem ser obtidas pelo telefone (65) 3617-5876 ou 9952-1591.





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