Fechada há anos, Salgadeira será entregue somente em dezembro
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico apresentou à Justiça um novo cronograma de entrega das obras do Complexo Turístico da Salgadeira, durante audiência solicitada pelo juiz da Vara Especializada do Meio Ambiente de Cuiabá, Rodrigo Roberto Curvo, na sede do Juizado Volante Ambiental (Juvam).
Segundo o documento juntado ao processo, a primeira etapa da obra será entregue em junho deste ano. E o restante será concluído até dezembro de 2016.
“Este é o último cronograma que aceitamos da empresa responsável pela obra, se não for cumprido conforme foi repactuado, iremos rescindir o contrato, embora nosso interesse maior seja entregar o espaço para a população que há seis anos espera que fique pronto”, justificou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Seneri Paludo.
O objetivo do encontro foi esclarecer quais os entraves que impedem a finalização da obra e que medidas os envolvidos estão tomando para dar andamento aos trabalhos.
O Complexo Turístico está fechado para visitação pública desde setembro de 2010. A obra já custou R$ 6,3 milhões e a empresa solicitou um aditivo de R$ 1,8 milhões para a conclusão, entretanto, o pedido foi negado pelo Estado. O plano completo integra a recuperação das áreas degradadas, o ordenamento territorial, a regularização das atividades e o uso racional dos espaços pelos turistas, de modo a se evitar maiores danos ambientais.
Alternativas
Diante do impasse o procurador-geral do Estado, Patrick Ayala, alega que há duas alternativas a serem tomadas pelo governo do Estado, a primeira rescindir o contrato com a empresa e a segunda, a realização de nova licitação para finalizar o trabalho por meio da contratação de nova empresa.
“Estamos dando a última chance para a empresa, afinal, nenhum dos demais prazos estabelecidos foram cumpridos. A obra tinha que ser entregue em dezembro de 2015. Caso seja necessário quebrar o contrato também emitiremos a declaração de inidoneidade, com isso, a empresa não poderá ser contratada pelo Estado ou qualquer outro ente da federação”, destacou.
A anulação do contrato com a empresa é uma das medidas que o secretário de Estado de Cidades, Eduardo Chiletto, defende frente ao andamento das obras, que de acordo com ele estão lentas. “Tenho toda certeza que o prazo não será cumprido se o ritmo das obras continuarem como estão. Com o número de funcionários que estão trabalhando hoje não haverá tempo hábil para concluir a obra ainda neste primeiro semestre”.