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ECONOMIA
Quarta - 28 de Setembro de 2016 às 13:12
Por: Redação TA c/ Portal Brasil

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Divulgação/Portal Planalto
Ministro participou de missão de 25 dias por países da Ásia para apresentar o potencial agropecuário brasileiro
Ministro participou de missão de 25 dias por países da Ásia para apresentar o potencial agropecuário brasileiro

Após uma missão de 25 dias por países da Ásia, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, defendeu, na terça-feira (27), que Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (países que compõem o Brics) devem abrir seus mercados entre si. Segundo ele, o grupo não pode ficar apenas na retórica e deve funcionar como um bloco comercial.

“O que a Índia precisa comprar de alimentos, preferencialmente deve comprar do Brasil. O que o Brasil for comprar de produtos acabados ou não, dê preferência à Índia para fazer isso. Os cinco países precisam entender que [o BRICS] é um bloco comercial que não pode ficar só na retórica, tem de ficar efetivamente na prática. E foi isso que defendemos”, disse Blairo Maggi, em entrevista exclusiva ao Portal Planalto.

Maggi participou, na última sexta-feira (23), de um encontro de ministros da Agricultura e Desenvolvimento Agrário do Brics, na Índia. Em outubro, o presidente da República, Michel Temer, vai ao país asiático para a reunião de cúpula do grupo.

Além da Índia, Blairo Maggi passou por outros seis países asiáticos (China, Coreia do Sul, Tailândia, Myanmar, Vietnã e Malásia) para apresentar o potencial agropecuário brasileiro. A estimativa é que os negócios firmados entre empresários brasileiros e estrangeiros na missão girem em torno de US$ 1,5 bilhão.

A missão na Ásia faz parte da estratégia brasileira de elevar a participação brasileira na agricultura mundial de 6,9% para 10% em cinco anos. “Este é um mercado de US$ 1,2 trilhão”, destacou Blairo Maggi. “Ao olhar o mapa mundi, a gente vê que 51% da população mundial vive na Ásia e que eles já são hoje detentores de uma maior parte do consumo mundial de alimentos.”

Para o ministro, a sustentabilidade e a responsabilidade social da agricultura brasileira agregam valor ao produto. “O Brasil quando vende o produto lá fora, ele não está só vendendo um produto, ele está vendendo um pacote ambiental, um pacote social que o Brasil manda junto a essas mercadorias”, disse.

Na viagem, o Brasil conseguiu reabrir mercado para carnes no Vietnã, ampliou o mercado de carne de aves na Malásia e finalizou a penúltima fase de habilitação para exportação de carne suína de Santa Catarina para a Coreia do Sul.

Na Índia, foi anunciada a construção no Brasil de uma fábrica de síntese de ingredientes ativos de agroquímicos, da empresa indiana UPL, no valor de R$ 1 bilhão. Também foi fechado um acordo da empresa com a Embrapa, no valor de R$ 100 milhões, para o desenvolvimento de leguminosas, como lentilha e grão de bico.





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