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DESENVOLVIMENTO
Quinta - 29 de Setembro de 2016 às 14:52
Por: Redação TA c/ Gcom-MT

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Foto: Gcom-MT
Secretário de Fazenda, Seneri Paludo, explica que incremento foi feito pelo Estado para cobrir falta de repasses do Governo Federal
Secretário de Fazenda, Seneri Paludo, explica que incremento foi feito pelo Estado para cobrir falta de repasses do Governo Federal

O contingenciamento de despesas permitiu que Mato Grosso investisse mais de R$ 120 milhões nas áreas de Saúde e Segurança Pública do Estado, nos últimos três meses. O valor foi utilizado para assegurar o funcionamento dos serviços, mesmo com o déficit de repasses deixado pela União.

Conforme o secretário de Estado de Fazenda, Seneri Paludo, somente nos últimos três meses, o Executivo Estadual necessitou realizar um incremento de R$ 60 milhões na Segurança Pública do Estado e R$ 60 milhões na Saúde, para que a população mato-grossense continuasse a ter acesso aos serviços.

Segundo Paludo, o Estado foi praticamente obrigado a realizar os investimentos por conta da falta de repasses “sistemáticos” da União. “Somente no primeiro semestre, tivemos uma diminuição de 20% dos recursos do Governo Federal na Saúde. Mas, para o cidadão que está lá na ponta, não importa se é investimento do Governo Federal, Estadual ou Municipal, ele precisa do serviço. Então, automaticamente o Governo do Estado vem aumentando as despesas, principalmente na Saúde e Segurança”, afirmou.

De acordo com o secretário, a questão é muito semelhante na Segurança Pública, onde o Estado se viu obrigado a aumentar o repasse mensal em mais de R$ 21 milhões para poder cobrir as despesas deixadas pela União.

Seneri Paludo ressaltou que os investimentos apenas foram possíveis graças à política de contingenciamento que o Estado vem aplicando desde o ano passado, com corte de gastos e busca de alternativas para aumentar a receita.

Aumento das despesas

A falta de repasses, aliada à crise econômica nacional, e o pagamento da oitava parcela da dívida dolarizada obrigaram o Governo de Mato Grosso a pagar, no próximo dia 30, o salário do mês de setembro a 90% dos servidores do Poder Executivo. Os outros 10% serão pagos até o dia 10 de outubro, conforme prevê a Constituição Estadual.

O secretário de Estado de Fazenda prevê que para regularizar o calendário de pagamento, a União precisa repassar aproximadamente R$ 400 milhões referentes ao Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX), que estão atrasados.

Deste total, 25% serão repassados para as prefeituras dos 141 municípios de Mato Grosso. O valor é uma compensação pelo imposto que o Estado deixa de cobrar por produtos in natura produzidos em Mato Grosso e destinados à exportação. A isenção do imposto e a compensação pela não cobrança estão previstas na Lei Kandir.

“Se o FEX estivesse na nossa conta, não precisaríamos passar por isso, mas sem dúvida nenhuma fizemos todos os esforços para pagarmos 90% dos funcionários públicos até o dia 30. O restante da folha será paga até o próximo dia 10”, completou.





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