Chuvas aumentam na segunda quinzena de outubro Volume deve ser mais intenso nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste e o oeste da Região Nordeste
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) divulgou a Previsão Climática Sazonal. Segundo o documento, a partir da 2ª quinzena de outubro, as chuvas serão mais regulares na grande área central do Brasil, que cobre o sul da Amazônia, as Regiões Sudeste e Centro-Oeste e o oeste da Região Nordeste. Além disso, até dezembro, as temperaturas podem ficar acima da média histórica na maior parte do País.
De acordo com a pesquisadora do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/Inpe), Renata Tedeschi, a tendência dos últimos anos é de aumento das temperaturas, ainda que haja entradas ocasionais de massas de ar polar de alta intensidade no território brasileiro.
"O que temos percebido é que as mudanças climáticas têm um papel importante no aumento da temperatura ano após ano. Claro que há episódios de frio intenso, como tivemos no inverno, mas a tendência é de aumento nas temperaturas na comparação com a média histórica", disse Renata Tedeschi.
Impactos
A expectativa dos meteorologistas é que o volume de chuvas no próximo trimestre tenha impacto positivo sobre o nível dos reservatórios de água da região central do País. Ainda assim, após dois anos de chuva abaixo da média, a pesquisadora alerta para a importância do consumo consciente da água.
"Os nossos modelos indicaram cenários muito diferentes e, por isso, não é possível prever com certeza como o volume de precipitações vai se comportar. A partir da segunda quinzena de outubro, deve chover com mais regularidade, e o nível dos reservatórios vai se recuperar em parte. Passamos por dois anos de chuva aquém do esperado e, por isso, temos que usar a água com parcimônia, por precaução", observou Renata.
O Acre, que enfrenta uma grave estiagem e a queda do nível dos rios, deve registrar recuperação do volume hídrico, ponderou a pesquisadora.
A previsão é elaborada pelo Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal (GTPCS), que tem a participação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), além do Inpe.