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PARALISAÇÃO
Quarta - 05 de Outubro de 2016 às 09:16
Por: Redação TA c/ R7

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Foto: Divulgação
Bancos propõem aumento de 7% e abono de R$ 3.500
Bancos propõem aumento de 7% e abono de R$ 3.500

Os bancários se encontram nesta quarta-feira (5) com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) para tentar colocar um ponto final na greve, que completa um mês hoje — a maior paralisação dos últimos 12 anos. A reunião está marcada para as 17h e será realizada em São Paulo.

Trata-se da 11ª rodada de negociação. O último encontro ocorreu na última quarta-feira (28), quando houve uma proposta de reajuste 7% e abono de R$ 3.500, com aumento real de 0,5% para 2017.

Segundo os bancários, a proposta significa perda de 1,9% entre 2016 e 2017 e, por isso, foi rejeitada pela categoria.

Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, afirmou que o encontro é uma chance para as instituições financeiras encerrarem a paralisação.

— Os bancos não podem perder mais essa oportunidade de encerrar a greve. Os trabalhadores e a população não podem ser mais uma vez prejudicados pela ganância dos banqueiros.

A data-base dos bancários é dia 1º de setembro. A categoria entregou pauta com as reivindicações no dia 9 de agosto e, após cinco rodadas de negociação com a Fenaban, não houve acordo para o índice de reajuste e demais reivindicações.

No final de agosto, os bancos apresentaram proposta com reajuste de 6,5% com R$3.000 de abono para os trabalhadores. A categoria, após assembleias realizadas em todo o País no dia 1º de setembro, rejeitou proposta e greve teve início no dia 06 de setembro.

A segunda proposta dos patrões ofereceu reajuste de 7% (com 2,39% de perda salarial) e abono de R$ 3.300, rejeitada na mesa de negociação. Outras duas reuniões não surtiram efeito. A última oferta ocorreu na semana passada, também recusada pela categoria.

Existem cerca de 512 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do País.

Nos últimos doze anos, a categoria conseguiu aumento real acumulado entre 2004 e 2015 de 20,85% e 42,1% no piso.

Reivindicações de 2016:

1. Reajuste Salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real, com inflação de 9,31%

2. PLR – três salários mais R$ 8.317,90

3. Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24)

4. Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá – Salário Mínimo Nacional (R$ 880)

5. 14º salário;

6. Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários;

7. Emprego – Fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e precarização das condições de trabalho

8. Melhores condições de trabalho nas agências digitais

9. Mais segurança nas agências bancárias

10. Auxílio-educação

Como é hoje:

1. Piso escritório após 90 dias - R$1.976,10

2. Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.669,45

3. PLR – Regra básica: 90% do salário + 2.021,79 (podendo chegar a 2,2 salários) e parcela adicional: 2,2% do lucro líquido dividido linearmente entre os trabalhadores, com teto de R$ 4043,58

4. Auxílio-refeição: R$ 29,64 por dia

5. Auxílio cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 491,52

6. Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 394,70

7. Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 337,66





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