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ECONOMIA
Sexta - 09 de Dezembro de 2016 às 15:15
Por: Redação TA c/ Gcom-MT

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Foto: Gcom-MT/Junior Silgueiro

Durante cerimônia de posse da nova diretoria da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), realizada nesta quinta-feira (08.12), o governador Pedro Taques assinou o projeto de lei que prorroga o Programa de Incentivo ao Algodão de Mato Grosso (Proalmat). Criado em 1997 pelo ex-governador Dante de Oliveira, com validade de 10 anos, foi renovado em 2006 pelo também ex-governador Blairo Maggi. Desde então, a produção do algodão saltou de 2% para 65% do total nacional.

Agora, Taques efetua a segunda renovação. O Projeto de Lei nº 6.883, pretende prorrogar e atualizar o programa, aperfeiçoando as regras de concessão baseadas nas necessidades de atendimento das medidas fitossanitárias por parte dos produtores rurais, e trazer à lei algumas regras de operacionalização em regulamento do ICMS. A alteração se faz necessária ante a crise que acomete o agronegócio, assim como toda economia do país, que experimenta baixos níveis de preços e elevados e crescentes gastos com o custeio agrícola.

“Graças a produtores que trabalham muito, hoje temos 600 mil hectares de área plantada do algodão, e devemos chegar a um milhão. Em cinco anos, o Brasil apresentou um superávit na balança comercial de 67 bilhões de dólares, dos quais 61 bilhões de dólares foram do Estado de Mato Grosso. Eu tenho recebido produtores e conversado com eles a respeito da importância dos programas de incentivo para o algodão. Eu quero dizer que eu acredito na cultura do algodão do Estado de Mato Grosso. Por isso, eu entendo da importância do Proalmat, e assino o projeto e encaminho à Assembleia Legislativa, com a total compreensão de que este projeto será aprovado o mais rápido possível”, disse o governador.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, exemplificou sobre a dificuldade dos agricultores do algodão ao comparar o processo de plantio do arbusto com a soja. De acordo com ele, enquanto a soja precisa de pouco mais de seis meses para iniciar a colheita, o algodão necessidade de 18 a 24 meses, no mínimo.

“São meses ou anos de investimento, gastando dinheiro, e é ai que está a maior riqueza da atividade agrícola. É necessário que as entidades, por mais autossuficientes que sejam, não se acomodem”, afirmou o ex-governador.

Representando os deputados estaduais, o presidente da Assembleia Legislativa, Dilmar Dal Bosco, disse que vai continuar trabalhando com leis específicas para ajudar no desenvolvimento do Estado. “Vamos continuar com incentivo do algodão, que está em fase de novidade. Podem ter certeza que os deputados todos querem e acreditam no Estado. Para a Assembleia, é um grande orgulho fazer parte dessa associação”.

Nova diretoria

O produtor Alexandre Pedro Schenkel assumiu a presidência da Ampa para o biênio 2017/18. Gaúcho de Tapera, Schenkel reside em Mato Grosso desde 1989, quando se mudou com a família para a região de Campo Verde (Núcleo Regional Centro). Assim que se graduou em Agronomia pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), ele abraçou o desafio de produzir algodão no cerrado mato-grossense e hoje também cultiva soja, milho e feijão.

“Somos muito cobrados e nem sempre temos o retorno. Nosso custo com energia é alto, o que traz prejuízos às nossas máquinas algodoeiras e às indústrias. Nós somos parceiros do Governo em vários projetos, e queremos a mesma dinâmica para recebermos o apoio necessário para nossa cultura. Nossos custos com produção são altíssimo, e precisamos tornar mais rápida e competitiva a liberação da oferta de novos defensivos e insumos agrícolas”, avaliou ele.

Gustavo Picolli transmitiu seu cargo com a sensação de dever cumprido, segundo ele, que agradeceu a confiança dos associados e dos diretores, e aos colaboradores que nos deram suporte. “Sempre estivemos em busca de soluções para garantir condições à continuidade dessa atividade complexa, cara e apaixonante. Quero frisar seu papel no desenvolvimento de Mato Grosso, com a geração de emprego e renda. Gostaria de lembrar que construímos cinco centros de treinamento e de fusão tecnológica, sendo: em Sorriso, Rondonópolis, Rio Verde, Campo Novo do Parecis e Sapezal”, lembrou Picolli.

A nova diretoria da Ampa é formada por Eraí Maggi Scheffer (vice-presidente), Paulo Sérgio Aguiar (1º secretário), Guilherme Mognon Scheffer (2º secretário), Sérgio Azevedo Introvini (1º tesoureiro), Cleto Webler (2º tesoureiro), Alexandre De Marco (presidente do Núcleo Regional Sul), Gustavo Pinheiro Berto (presidente do Núcleo Regional Centro), Romeu Froelich (presidente do Núcleo Regional Centro Leste), Orcival Gouveia Guimarães (presidente do Núcleo Regional Norte), José Milton Falavinha (presidente do Núcleo Regional Médio Norte) e João André Lopes Guerreiro (presidente do Núcleo Regional Noroeste).

O Conselho Fiscal da entidade será integrado por Alessandro de Souza Polato, Arilton Cesar Riedi e Evandro Dal Bem (como membros titulares), e por Valdir Roque Jacobowski, Rudolf Thomas Maria Aernoldts e André Guilherme Sucolotti (como suplentes).





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