Flor Ribeirinha ganha prêmio por preservar patrimônio imaterial
O objetivo do prêmio, lançado pelo MinC em 2015, é de reconhecer as instituições e associações do Brasil que tenham realizado ações bem-sucedidas para valorizar os bens culturais imateriais, e que apresentem métodos que sirvam de modelo para outros contextos socioculturais. O Flor Ribeirinha foi reconhecido por seu trabalho em prol da preservação e divulgação do Siriri e Cururu.
Trabalhando há mais de 22 anos no resgate, manutenção, proteção e difusão da cultura popular, sobretudo o Siriri e Cururu e também outras formas de expressão da cultura mato-grossense, o grupo conta com a participação de muitos jovens que entenderam a necessidade de preservar e difundir essa cultura.
O IPHAN reconheceu o interesse da comunidade e da população cuiabana nas tradições e ações do Flor Ribeirinha, como a Semente Ribeirinha e o Mais Cultura na escola, que promovem oficinas de artesanato em cerâmica, dança e música do siriri e cururu e contação de histórias, com vivências da comunidade e capacitação de jovens para o repasse das informações e apresentações artísticas.
Para o coreógrafo do grupo, Avinner Augusto, esse repasse da tradição para as novas gerações é importante, e por isso a necessidade de inserir o siriri e o cururu nas escolas. A fundadora do grupo, Dona Domingas, é quem direciona e orienta estes jovens.
“É uma emoção muito grande ter o reconhecimento nacional deste trabalho que realizamos com tanto esforço e persistência. Isso se deve ao apoio de todos que compõe a família Flor Ribeirinha, a todos os mato-grossenses pelo reconhecimento do nosso trabalho, e em especial a Professora Doutora Thereza Martha Presotti, da UFMT, que nos incentivou para concorrer a esta premiação”, destacou Domingas.
A fundadora tem experiência em diversas atividades produzidas na comunidade, como a pesca, cerâmica, culinária, composições musicais e danças regionais, e por isso é a líder e porta voz da cultura da comunidade.