Frigoríficos fechados podem ser reabertos em até três semanas, diz ministro Blairo Maggi afirmou que o mercado de carnes ainda levará um tempo para se recuperar, já que houve uma interrupção da produção com a repercussão da Operação Carne Fraca.
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou nesta quinta-feira (30) que os frigoríficos que foram interditados após a Operação Carne Fraca devem ser liberados para voltar a funcionar em duas ou três semanas.
Segundo o ministro, o governo aguarda os laudos de análises laboratoriais feitas nos produtos desses frigoríficos e, se eles não indicarem problemas, as unidades podem ser reabertas.
"Assim que tivermos segurança, elas serão reabertas. Não temos nenhuma ação para retardar a abertura. Duas ou três semanas a gente consegue fazer tudo isso", afirmou o ministro.
Maggi destacou, porém, que é preciso um tempo até que o mercado reaja. "Continua [com dificuldades] e não será fácil. Você parou com o sistema, até você recolocar, fazer com que as coisas comecem a acontecer, os clientes voltem a comprar. É natural”, disse.
Já o secretário-executivo do ministério, Eumar Novacki, afirmou que o ministério não tem relatos de queda nas vendas no mercado interno, mas que a pasta está fazendo um levantamento completo para saber exatamente qual a participação do mercado externo e do mercado interno nas vendas dos frigoríficos brasileiros.
Frigoríficos interditados
Desde a deflagração da Carne Fraca, foram 6 os frigoríficos interditados pelo Ministério da Agricultura: uma unidade da empresa Souza Ramos, em Colombo, no Paraná; duas unidades da Peccin, em Curitiba (PR) e Jaraguá do Sul (SC); uma unidade da BRF, em Mineiros (GO); uma unidade da SSPMA, em Sapopema (PR); uma unidade da Farinha de Carnes Castro, em Castro (PR).
Além dos seis frigoríficos interditados totalmente, o ministério informou que interditou uma linha de produção da Transmeat, em Balsa Nova (PR), dedicada a carne temperada. No total, porém, a operação da Polícia Federal investiga 21 frigoríficos, por irregularidades que vão do pagamento de propina a fiscais até a venda de carne estragada ou vencida.
A decisão de interditar os frigoríficos, informou o governo, foi tomada após fiscais auditarem essas unidades. O ministério não chegou a especificar os motivos, somente informou que foram encontrados indícios de falhas.