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SAÚDE
Terça - 04 de Abril de 2017 às 10:51
Por: Redação TA c/ Secom-Cba

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Foto: Michel Alvim

Dados acumulados revelam que este ano foram notificados em Cuiabá 1.004 casos de dengue e 101 de chikungunya. Do total de casos notificados, foram confirmados, 23 casos de dengue e 24 de chikungunya. Em relação à zika, dos 69 casos notificados em gestantes, nenhum foi confirmado. Os números foram divulgados pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS).

Em Cuiabá, desde o inicio do ano, duas grandes ações de mobilização já foram realizadas em regiões com maiores índices de infestação. A primeira, no inicio do mês de fevereiro, os Agentes Comunitários de Endemias (ACE) trabalharam 3.489 mil imóveis na Regional Sul, nos bairros Osmar Cabral, São João Del Rey, Jardim Fortaleza e Liberdade. Nessa ação receberam tratamento 1.126 imóveis e 1.353 depósitos no baixo.

Na segunda mobilização realizada em março, os ACE trabalharam 2.694 imóveis nos bairros Itamaraty, Planalto, Sol Nascente e Eldorado, orientando a população e aplicando veneno. Um total de 611 imóveis 691 depósitos receberam tratamento.

Nas duas ações foram mobilizados, em cada uma delas, 280 ACE mais os servidores da Secretaria de Serviços Urbanos, que trabalharam na coleta do lixo da dengue.

Essas ações estão sendo coordenadas pelo Comitê de Ação Preventiva de Combate ao Aedes aegypti e envolvem as Secretaria de Saúde, Serviços Urbanos, Ordem Pública, Educação, Governo e Comunicação e a Procuradoria Geral do Município.

O diretor da Vigilância em Saúde, Benedito Oscar Campos explicou que além das mobilizações pontuais, o trabalho dos Agentes de Combate às Endemias é realizado de forma rotineira, durante todo o ano, em ciclos que duram de 45 a 60 dias, nos quais são visitados todos os imóveis. São realizados ainda na rotina o monitoramento dos pontos estratégicos, assim denominados por que utilizam ou comercializam produtos ou utensílios que podem ser criadouros do mosquito, como por exemplo, as borracharias.

Na 12ª Semana Epidemiológica, por exemplo, correspondente ao período de 19 a 25 de março, os ACE visitaram 32.744 imóveis, trataram 5.094 imóveis e 5.343 depósitos no baixo (reservatórios de água).

Ele explicou também que entre as ações de rotina preconizadas pelo Ministério da Saúde e realizadas pelos técnicos da Unidade de Vigilância de Zoonoses está o controle químico, para combater o mosquito alado.

“Nos casos suspeitos de dengue, zika e chikungunya, é feito o controle químico em tempo hábil, ou seja, quando há um caso notificado dessas doenças a equipe de controle químico do UCZ é acionada, vai ao local onde mora o paciente e realiza o bloqueio químico com bomba costal motorizada num raio de 400 m a partir do foco”, explicou Benedito Oscar Campos.

O diretor da Vigilância em Saúde lembra que não se trata de fumacê, que se utiliza de um veiculo com uma bomba pesada. “Hoje existe um normatização pela Secretaria de Estado de Saúde para utilização do fumacê já que os veículos específicos para tal ficam sob sua guarda”, salientou o diretor.

Notificações

Em relação aos bairros com maior índice de notificações de dengue, chikungunya e Zika neste ano, dados do CIEVS apontam para na Regional Norte, os bairros 1º de Março, com 27 casos notificados de dengue, quatro (04) de chikungunya e 30 de zika. Em seguida aparece o CPA III com 25 casos notificados de dengue, cinco (05) de chikungunya e 24 de zika.

Na Regional Sul o bairro com maior índice de notificação é o Pedra 90 com 405 casos de dengue, 13 de chikungunya e 167 de zika seguido pelo Jardim Fortaleza com 10 casos de dengue, um de chikungunya e 10 de zika.

Já na Regional Leste o bairro com maior número de notificações é o Planalto com 40 casos notificados de dengue, dois (02) de chikungunya e 15 de zika seguido pelo Dom Aquino com 18 casos notificados de dengue, cinco (05) de chikungunya e 11 de zika.

E na Regional Oeste o campeão em notificações é o bairro Santa Isabel com 27 casos de dengue notificados, seis (06) de chikungunya e nove (09) de zika seguido pelo Cidade Alta com 18 casos notificados de dengue, três (03) de chikungunya e quatro (04) de zika.

Comparação

De acordo com o CIEVS, a variação percentual do número de casos notificados de dengue em Cuiabá tomando como comparação janeiro de 2016 e janeiro de 2017 houve este ano uma queda de 29% nas notificações.

Em janeiro do ano passado foram notificados ao órgão 416 casos enquanto que em janeiro deste ano foram notificados 296 casos.

Ainda segundo dados do CIEVS, em fevereiro houve um aumento de 23% em relação as notificações realizadas em fevereiro do ano passado e em março também. Contabilizando as quatro semanas epidemiológicas de março de 2016, com março de 2017, foram notificados ao órgão, 899 casos dengue no ano passado enquanto que este ano foram notificados 1.004 casos.

A explicação, segundo a Responsável Técnica pelo CIEVS, Moema Blatt é a descontinuidade das ações de limpeza de quintais no período de estiagem que é o momento ideal para eliminação dos criadouros removíveis presentes nos domicílios de forma que ao iniciarem as chuvas a infestação pelo mosquito vetor se reduz.

Outra questão que merece destaque na análise do aumento de casos é o fato de ser no período pós carnaval já que durante os festejos há grande circulação de pessoas em locais de aglomerações além da produção de muito lixo da dengue (descartáveis).

“Com o aumento natural dos casos de zika e chikungunya, doenças que são de circulação recente e contra as quais a maior parte da população não tem imunidade, o diagnóstico clínico diferencial entre a dengue, zika e chikungunya deve ser criterioso, pois há sinais e sintomas comuns entre elas e com isso é possível uma margem de engano nessas notificações, que são corrigidas quando do fechamento dos casos”, destacou Moema Blatt.

Confira aqui o Boletim da DCZ - de 19 a 25/03/2017





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