Pessoas com diabetes insulino dependentes poderão ter acompanhantes em hospitais De autoria do deputado Saturnino Masson, o objetivo da proposição é assegurar condições para a permanência, em tempo integral, de um parente direto ou responsável, nos casos de internação de pessoas com diabetes que fazem uso continuado de insulina.
O deputado Saturnino Masson (PSDB) apresentou Projeto de Lei nº 181/2017 que dispõe sobre a presença de acompanhante nos casos de internação de pessoas com diabetes insulino dependente, nos hospitais, postos e estabelecimentos de saúde.
De acordo com a propositura, os hospitais, postos de saúde e todos os estabelecimentos congêneres de saúde de Mato Grosso, públicos e privados, deverão proporcionar condições para a permanência, em tempo integral, de um parente direto ou responsável, nos casos de internação de pessoas com diabetes que fazem uso continuado de insulina.
Para o parlamentar a diabetes é uma doença crônica, não tem cura, mas tem controle, com o uso diário de insulina através de aplicação subcutânea. "Acredito na necessidade de que o paciente diabético tenha um acompanhante o tempo todo, para auxiliar e fiscalizar quando for ministrado a insulina, de acordo com o tipo de tratamento que o paciente já vinha fazendo", explica o deputado.
A doença - A instalação da doença ocorre mais na infância e adolescência e exige a aplicação de injeções de insulina diárias. O tratamento de diabetes exige, além do acompanhamento médico especializado, os cuidados de uma equipe multidisciplinar. O tipo I é também chamado de insulinodependente, porque exige o uso de insulina por via injetável para suprir o organismo desse hormônio que deixou de ser produzido pelo pâncreas.
A suspensão da medicação pode provocar a cetoacidose diabética, distúrbio metabólico que pode colocar a vida em risco. Do lado inverso, outro perigo que corre o pâncreas diabético é com os efeitos da hipoglicemia, quando o nível de açúcar vai a níveis baixíssimos podendo causar mau estar, casos de convulsão, desmaios e estado de coma.
Normalmente o paciente diabético já tem algum familiar que o ajuda no trato diário da doença, fazendo deste um acompanhante ideal para os casos de internação hospitalar do diabético.
Relatos médicos indicam que a presença de acompanhante acelera o processo de recuperação, minimiza o número de internações e reduz as intercorrências, concorrendo assim para a melhoria da qualidade de vida dos diabéticos.