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ESPORTES
Segunda - 22 de Agosto de 2016 às 15:18
Por: Redação TA c/ Secom/Cba

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Foto: Divulgação
Promover a inclusão social e o desenvolvimento humano, por meio da prática esportiva, e, consequentemente, contribuir para a melhoria do comportamento e do rendimento escolar.

Este é o objetivo do programa Forças no Esporte (Profesp) que trabalha com alunos de escolas públicas, com idade de 7 a 14 anos.

O programa foi criado pelo Ministério da Defesa, em parceria com os Ministérios da Educação, do Esporte e do Desenvolvimento Social.

Em Cuiabá é coordenado pelo Exército Brasileiro, por meio do 44º Batalhão de Infantaria Motorizado, com atendimento a 100 alunos da escola municipal Nossa Senhora Aparecida, localizada no bairro Novo Colorado.

O coordenador do Programa em Cuiabá, capitão Weiss, explica que este ano o programa contemplará 92 municípios em todo o país, beneficiando 20 mil alunos.

Segundo ele, o programa é voltado para atender crianças que se encontram em situação de vulnerabilidade social. “Essas crianças participam de atividades no contraturno escolar com aulas três vezes por semana, sempre no período da manhã”, explica o capitão.

Os alunos participam de atividades esportivas, como futebol, handebol, natação atletismo, judô, capoeira, entre outros. Além das atividades esportivas, os alunos também recebem assistência odontológica e médica. Todo o trabalho é realizado dentro do Batalhão e por militares e profissionais especializados em cada área.

“O objetivo maior do programa é a inclusão social, mas nada impede de descobrirmos talentos, pois algumas dessas crianças poderão se destacar no esporte. Se tivermos a oportunidade vamos encaminharmos esses talentos para as federações desportivas”, observou o capitão.

As aulas iniciaram no dia 9 deste mês e seguem até o mês de novembro, completando quatro meses de programa.

A professora de Educação Física Laura Catelan, responsável pelas aulas do programa, explica que ao chegar, os alunos tomam o café da manhã, depois seguem para as aulas de ordem unida, quando aprendem sobre disciplina, cidadania e civismo, e por fim vão para a prática das atividades esportivas.

As atividades esportivas são divididas em etapas, cada uma trabalhada durante duas semanas. Primeiro serão trabalhadas atividades como a ginástica, dança e atividades circenses. Na segunda etapa os alunos praticarão os esportes de invasão, que incluem futebol, basquete e handebol.

Já na terceira etapa serão os esportes de marca com rede divisória, que inclui o atletismo, natação, volençol (o vôlei praticado com lençol). Na quarta etapa os alunos participarão de atividades de luta, capoeira e práticas de aventura.

Após a finalização da quarta etapa os alunos escolhem o esporte em que mais se adaptam e passam a receber treinamento específico na modalidade.

A secretária municipal de educação, Marioneide Kliemaschewsk, explica que o Programa em Cuiabá iniciou no ano passado e já vem apresentando bons resultados com os alunos. “Essa é uma parceria que está sendo realizada com muito sucesso, pois tem dado bons resultados.

Podemos observar isso por meio de reuniões com os pais, que se dizem muito empolgados com a melhoria no comportamento e no rendimento escolar de seus filhos”, observa a secretária.

Para a professora de apoio pedagógico, Kátia Maria Maciel, que acompanha os alunos durante as aulas, o programa, além de contribuir na questão pedagógica, também ajuda a proteger os alunos.

“Muitos desses alunos não tem um acompanhamento familiar e quando não estão na escola, estão nas ruas, desprotegidos e correndo risco de todo tipo de violência. Aqui eles têm uma ocupação e o mais importante é que estão seguros”, diz a professora.

“Toda criança precisa de limites e o programa está ajudando muito nesse quesito também. Eles melhoraram muito no comportamento”, acrescentou o professor de educação física, Vanderson Coleta, que também acompanha os alunos nas aulas.

A aluna Mayara Luana Gomes, 12 anos, que participou do programa na primeira edição, disse que a sua mãe está muito mais feliz do que ela, pois suas notas melhoraram 100% depois que passou a frequentar as aulas. “Agora eu só tiro nota 10, e tanto na escola como em casa estou bem mais comportada”, diz a garota.

Daniel Alves, 11 anos, também participa do programa pelo segundo ano e diz que gosta muito das aulas, tanto que já está decidido a ser capitão do Exército. “O coronel já falou que eu preciso estudar bastante para conseguir, mas que tenho que melhorar meu comportamento e estudar mais”.

Thiago Souza, 10 anos, diz que foi o irmão e um amigo de sala, que participaram o ano passado, que o incentivou a entrar para o programa. “Eles sempre falaram que era muito bom e eu fiquei com muita vontade de vir também. E agora eu estou me comportando bem melhor na escola”, disse o garoto, acrescentando que está também fazendo todas as tarefas, coisa que antes não se preocupava.

 





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