CUSTO DE VIDA
Inflação medida pelo IGP-10 registra menor taxa desde 1993 Índice usado como base para reajustes de tarifas públicas e parte dos contratos de aluguel desacelerou em maio
Diante de uma forte queda nos preços do atacado, a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) desacelerou e registrou variação negativa de 1,10% em maio. Esse é o menor patamar para o indicador desde 1993. No ano, a taxa acumula uma deflação de 0,81% e, nos últimos 12 meses, uma alta de apenas 2,14%.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (16) pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e foi calculado com base nas variações de preço entre os dias 11 de abril e 10 de maio. O IGP-10 é usado como base para reajustes de tarifas públicas, parte dos contratos imobiliários e contratos mais antigos dos seguros de saúde.
Principal fator de redução na taxa no período, o Índice de Preços ao Produto Amplo (IPA), que mede os preços de produtos agrícolas e industriais no atacado, registrou um resultado negativo de 1,74% em maio, ante uma deflação de 1,29% em abril. Contribuiu para esse resultado a queda nos preços de combustíveis para consumo, cuja taxa variou 0,41%.
Por sua vez, o índice do grupo de matérias-primas brutas registrou uma variação negativa de 5,46% em maio, ampliando a deflação de 3,49% registrada no mês anterior. Isso ocorreu por conta da queda nos preços de minério de ferro (-0,66% para -13,57%), cana-de-açúcar (-0,38% para -2,66%) e leite in natura (4,75% para 1,39%).
Consumidor
Novamente, o custo de vida para o consumidor ficou mais barato. Em maio, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou apenas 0,21%, ante 0,42% em abril. Nesta base de cálculo, tiveram destaque os decréscimos nos preços de alimentação (0,92% para 0,23%), habitação (0,60% para 0,03%), educação, leitura e recreação (0,22% para -0,61%) e despesas diversas (0,64% para 0,17%) como passagens aéras, eletricidade residencial e cigarros.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma taxa negativa de 0,02%, mesmo patamar observado em abril. Para essa base de cálculo, impactou no mês o índice relativo a materiais, equipamentos e serviços, que recuou a uma taxa negativa de 0,06%.