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CIDADE
Quinta - 03 de Março de 2016 às 09:58
Por: Da Redação TA c/Assessoria

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A Defesa Civil Nacional reconheceu em pouco mais de um mês a situação de emergência nos municípios de Pontes e Lacerda, Porto Esperidião e Vila Bela da Santíssima Trindade. As cidades foram atingidas durante as cheias causadas pelas chuvas no final de janeiro e somaram prejuízos de mais de R$ 11,5 milhões. A partir de agora, os municípios têm prazo de até seis meses para encaminharem o plano de trabalho que viabilizará a liberação dos recursos federais.

O reconhecimento foi publicado no Diário Oficial da sexta-feira (26.02) e permite aos municípios que trabalhem nas ações de reconstrução dos prejuízos causados. Acionada pelas prefeituras, a Secretaria de Estado das Cidades (Secid), por meio da Defesa Civil esteve na região prestando apoio no levantamento de famílias atingidas e estragos. Na época, os municípios tiveram a situação de emergência reconhecida pelo órgão estadual.

Coordenador da equipe da Defesa Civil no local, sargento Wagner Soares, afirma que o reconhecimento nacional é um resultado positivo do trabalho executado nas cidades. Soares explica que o reconhecimento ainda não garante a liberação dos recursos federais, uma vez que os municípios precisam apresentar o plano de trabalho para reconstrução.

“As prefeituras têm até 180 dias para encaminharem este plano à Defesa Civil Nacional, que é quem irá avaliar e autorizar a liberação dos recursos. O valor solicitado é baseado no total de prejuízos nas cidades, que chegou a quase R$ 12 milhões, somado ao custo que as prefeituras terão para fazer os reparos e reconstruções necessários. O reconhecimento federal nos deixa com a esperança de que aquelas famílias poderão retornar às suas casas em breve”, pontou.

Ao todo, a enxurrada que atingiu Pontes e Lacerda, Porto Esperidião e Vila Bela da Santíssima Trindade, afetou mais de 8 mil pessoas, entre famílias desabrigadas e desalojados. Por conta da força da água, mais de 30 pontes foram danificadas ou totalmente destruídas, deixando moradores isolados durante dias.

Superintendente da Defesa Civil Estadual, tenente-coronel Abadio da Cunha Júnior, pontua que os prejuízos causados pelas chuvas devem afetar as famílias até que os recursos sejam repassados. Isto porque desde o ocorrido, dezenas de pessoas ainda estão sem moradias fixas, já que suas casas foram levadas pelas águas. Durante o período em que estiveram no local, as equipes da Defesa Civil distribuíram 130 cestas básicas, 75 fardos de água, 60 cobertores, 17 colchões e dois rolos de lona.

“Assim que os municípios decretaram situação de emergência e solicitaram a Defesa Civil Estadual, nós fomos até lá e demos todo o apoio necessário para o reconhecimento. É preciso finalizar esta última etapa para a liberação dos recursos federais e a posterior retomada à normalidade da vida dessas famílias”, destacou Cunha.

Recuperação

Com um total de aproximadamente R$ 2,6 milhões de prejuízos, o município de Vila Bela da Santíssima Trindade já tomou algumas medidas paliativas para minimizar os transtornos causados. A cidade teve quatro pontes destruídas e outras nove danificadas, afetando direta e indiretamente mais de duas mil pessoas. De acordo com o prefeito Anderson Andrade, ainda há famílias morando em abrigos temporários, além de algumas que voltaram para os locais afetados de forma improvisada.

“Temos duas famílias morando em uma área da igreja local e outras que construíram barracos de palha e retornaram para o mesmo lugar onde estavam. Nossa preocupação é que em uma próxima chuva forte essas pessoas sejam novamente atingidas. O próximo passo agora é reunir nossa equipe para elaboração do plano de trabalho e captação dos recursos federais previstos”, finalizou Anderson.





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