TABAGISMO
Em Cuiabá, grupos terapêuticos ajudam pessoas a deixar o cigarro
No Dia Mundial de Combate ao Tabagismo (31/05), a Secretaria de Saúde de Cuiabá vai abrir mais um Grupo Terapêutico de Abordagem Intensiva ao Fumante. O grupo que irá funcionar na unidade do Programa Saúde da Família (PSF) Praeiro tem o objetivo de informar a população sobre o tratamento disponível e esclarecer dúvidas sobre a dependência e os problemas que o cigarro pode trazer para a saúde.
A ação é uma iniciativa da Coordenadoria de Programas Especiais junto com as equipes técnicas do Programa Nacional de Controle do Tabagismo, da Diretoria de Atenção Básica de Cuiabá e das unidades de saúde.
Brenna Bianka de Souza, Responsável Técnica (RT) do Programa em Cuiabá, explicou que a ideia é dar visibilidade as ações que são desenvolvidas, além de orientar e oferecer tratamento a quem deseja superar a dependência ao fumo.
“Nesse dia de conscientização nas unidades de saúde que estão atuando com o Programa de Controle do Tabagismo, os profissionais vão passar informações e orientações para quem deseja parar de fumar, e também sobre as consequências do fumo passivo, o uso do narguilé e cigarro eletrônico”.
Em Cuiabá, várias unidades já possuem Grupos Terapêuticos como os PSF Despraiado I e II, Santa Isabel II, Pedra 90 IV, Pedra 90 III, Lixeira, Baú, Jardim Fortaleza, Santa Laura, Praeiro, Areão, Jardim Araçá, Santa Amália, Ouro Fino, Serra Dourada, Dr, Fábio Leite I, Dr, Fábio Leite II e os Centros de Saúde (CS) Dom Aquino, Pico do Amor e Campo Velho.
Em unidades como o Jardim Vitória I e II, Nova Esperança I e II e Pedra 90 III e IV, e também na unidade de saúde da comunidade do Coxipó do Ouro, novos grupos serão abertos no mês de junho. Os grupos variam de tamanho, os mais novos reúnem de 25 a 30 pessoas e os mais antigos em torno de 50 pessoas.
Médicos, Psicólogos, preparadores físicos, profissionais de enfermagem e nutricionistas acompanham os participantes dos grupos que recebem medicação (cloridrato de bupropiona), adesivo de nicotina e goma de mascar. Algumas unidades ainda se utilizam de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde no tratamento dos dependentes.
“Por meio do Programa Nacional do Controle do Tabagismo buscamos atingir o maior número de tabagistas que ao serem inseridos nos Grupos possam a encontrar apoio psicoterapêutico para deixarem o vicio, evitando desta forma agravos não só a eles como fumantes, mas de pessoas próximas a ele (a) por passividade”, salientou Brenna Bianka.
Números
Segundo estudos de organismos ligados à saúde, cerca de 6 milhões de pessoas morrem por ano em todo o mundo em razão de doenças provocadas pelo tabagismo, que já é considerado a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Somente no Brasil esse número chega a 200 mil pessoas. Algo em torno de 10% dessas mortes é de fumantes passivos, pessoas que não fumam, mas convivem com fumante.
“Quando celebramos o Dia Mundial de Combate ao Tabagismo, devemos refletir sobre essa epidemia global. Ainda que seja difícil, é possível parar de fumar”, destacou ela.
Lembrando que quando uma pessoa deixa de fumar, os resultados são surpreendentes, após 20 minutos, por exemplo, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal e, após duas horas, não há mais nicotina no sangue.
Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza e, em dois dias, a pessoa passa a sentir melhor os cheiros e sabores. Após 3 semanas, a respiração fica mais fácil e a circulação melhora. Cinco a 10 anos depois, o risco de sofrer um infarto será igual ao de quem nunca fumou.
O programa
Desde a década de 1980, o Ministério da Saúde vem adotando ações para controle do tabagismo. O Programa Nacional de Controle do Tabagismo, que passou a ser coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), a partir do início da década de 1990, hoje integra a Política Nacional de Controle do Tabaco, de caráter intersetorial.
O programa engloba ações abrangentes como a promoção de ambientes livres de fumo, às mais focadas como a promoção e apoio à cessação de fumar, que é na verdade objetivo do Programa de Tratamento do Tabagismo implementado no Sistema Único de Saúde (SUS), a partir de 2002.
Além de aumentar o acesso dos fumantes a um tratamento eficaz i programa prevê a inserção em grupos terapêuticos que funcionam por meio de reuniões estruturadas, cada uma com um tema e roteiro específicos, estabelecidos pela equipe da unidade de saúde.
As reuniões são realizadas geralmente uma vez por semana com duração de uma hora e meia sob a supervisão de profissionais de saúde, capacitados no Programa Municipal do Controle do Tabagismo.
Com a intervenção do programa o adepto poderá ter maior qualidade de vida evitando agravos futuros pelo uso do cigarro
O tabagismo é reconhecido como uma doença epidêmica que causa dependência física, psicológica e comportamental semelhante ao que ocorre com o uso de drogas como álcool, cocaína heroína. No Brasil, são estimadas cerca de 200 mil mortes/ano em conseqüência do tabagismo.
Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3617-7364, da Diretoria de Atenção Básica/Programa de Controle do Tabagismo.