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Quinta - 29 de Junho de 2017 às 17:36
Por: Do G1 -BEM ESTAR

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Foto: CDC/ Carl Washington, M.D., Emory Univ. School of Medicine; Mona Saraiya, MD, MPH
Quando a Midkine foi inibida em tumores de ratos, a metástase também foi bloqueada, disse a equipe.
Quando a Midkine foi inibida em tumores de ratos, a metástase também foi bloqueada, disse a equipe. "Estes resultados indicam uma mudança de paradigma no estudo da metástase do melanoma", de acordo com Soengas. Os cientistas não sabem, no entanto, se

Cientistas identificaram uma proteína do câncer que controla a disseminação da doença a partir da pele para outros órgãos e sugeriram, nesta quarta-feira (28), que bloqueá-la pode ser um tratamento efetivo para combater a metástase.

Trabalhando com camundongos geneticamente modificados para desenvolver câncer de pele humana, a equipe descobriu que a proteína desempenha um papel importante na promoção, ou inibição, da metástase - quando o câncer se espalha de uma área (ou órgão) para outra.

Chamada de Midkine, a proteína é secretada por melanomas, o tipo mais grave de câncer de pele, antes de se transportar para uma parte diferente do corpo do rato e iniciar ali a formação do tumor, disseram os pesquisadores.

Em observações subsequentes em humanos, níveis elevados de Midkine nos linfonodos de pacientes com câncer de pele eram preditivos de resultados "significativamente piores", informou a equipe na revista científica "Nature".

Isso aconteceu mesmo quando não havia células tumorais nos linfonodos.

Estratégia para desenvolver medicamento

"Na Midkine encontramos uma possível estratégia que merece ser considerada para o desenvolvimento de medicamentos", disse Marisol Soengas, do Centro Nacional de Pesquisa do Câncer em Madri, coautora do estudo. A detecção precoce é importante no melanoma. Depois que ele começa a se espalhar, o prognóstico do paciente geralmente é desfavorável.

Os cientistas acreditaram por muito tempo que o melanoma preparava os órgãos que pretendia colonizar ativando o crescimento dos vasos linfáticos transportadores de fluidos - primeiro no tumor primário, depois nos linfonodos ao redor, e assim por diante.

No entanto, remover os linfonodos próximos a um melanoma não evita metástases, o que significa que está "faltando algo" na compreensão do mecanismo de disseminação, disseram os pesquisadores.

Mudança de paradigma

O novo estudo oferece uma possível resposta.

"Quando esses tumores são agressivos, eles agem à distância muito antes do que se pensava", disseram os autores. A Midkine se transportou diretamente para o novo local do câncer independentemente da formação de vasos linfáticos em torno do tumor original.

Quando a Midkine foi inibida em tumores de ratos, a metástase também foi bloqueada, disse a equipe. "Estes resultados indicam uma mudança de paradigma no estudo da metástase do melanoma", de acordo com Soengas.

Os cientistas não sabem, no entanto, se a Midkine é transportada através do sangue, da linfa ou de ambos.

Em um comentário também publicado na Nature, Ayuko Hoshino e David Lyden, da universidade Weill Cornell Medicine, em Nova York, disseram que o estudo forneceu "percepções muito necessárias" para a predição do risco metastático.

O trabalho, eles concluíram, "pode abrir uma porta para estratégias de diagnóstico e terapêuticas que visam lidar com metástases antes delas terem a chance de surgir".





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