Prontuário eletrônico deve chegar a todo o País até 2018 Ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou meta de informatização do sistema e defendeu aumento salarial de médicos
O Ministério da Saúde estabeleceu a meta de, até o fim de 2018, implantar prontuário eletrônico em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Brasil. Atualmente, apenas 35,7% das UBS usam a ferramenta, isto é, cerca de 15,1 mil unidades.
Além de qualificar o atendimento à população, o prontuário eletrônico é uma tecnologia que permite a economia de recursos. Com ele, o médico tem acesso ao histórico do paciente e, dessa maneira, evitam-se exames duplicados ou consultas repetidas. Assim, o acesso aos dados torna os serviços mais eficientes e aumenta a qualidade do atendimento.
Além disso, já está em curso proposta para implementar a biometria, que ajudará no monitoramento de metas de desempenho, cumprimento de horários e tempo destinado à consulta. “A dificuldade em fazer que o profissional cumpra a jornada de trabalho devida vem acompanhada da sobrecarga de demanda em hospitais”, destacou o ministro Ricardo Barros.
Aumento salarial
O ministro Ricardo Barros anunciou, nesta quinta-feira (13), mais R$ 1,7 bilhão em investimentos do governo federal para o atendimento à população. Na ocasião, ele defendeu aumento salarial dos médicos das redes municipais de saúde como uma das soluções para o desafio da fixação de médicos no SUS. Barros entende que o problema só será enfrentado com uma remuneração adequada aos profissionais.
“Recentemente, abrimos 150 novos cursos de medicina no Brasil. Em pouco tempo teremos oferta de profissionais que só se apresentarão para trabalhar no município se o salário for compatível”, afirmou o ministro. Atualmente, a legislação obriga que o teto do servidor municipal seja o salário do prefeito, o que pode ser um impeditivo para contratação.
Mais médicos
O Ministério da Saúde também já negocia com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a possibilidade de profissionais do Programa Mais Médicos serem contratados diretamente pelos municípios.
Para isso, o município precisa de uma lei própria que autorize a presença do médico do programa de forma direta, se responsabilizando pelo custo. “Essa será uma alternativa para a limitação dos salários. O médico da Opas não é um funcionário da prefeitura e, por isso, não é necessário respeitar o teto”, esclarece Ricardo Barros.