Colégio de Líderes aprova prorrogação de prazo da CPI do MPE
O prazo de trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) foi prorrogado por 90 dias, na última sexta-feira (13), conforme o ato nº 025/2017, publicado no Diário Oficial Eletrônico da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (DOE/ALMT) veiculado ontem (17).
Segundo o presidente da CPI do MPE, deputado Oscar Bezerra (PSB), a prorrogação atende ao pedido do Colégio de Líderes, para melhor investigação. O relator da comissão, deputado Dr. Leonardo (PSD), informou que os trabalhos estão na etapa de elaboração de relatório. “Voltando do recesso, vamos falar com a equipe técnica para verificar se há ainda demanda de ouvir alguém”, explicou o parlamentar.
A prorrogação do prazo começa a contar em 20 de julho próximo, quando encerrará a prorrogação anterior. A atual é a quarta, sendo a primeira em 28 de abril de 2016, por meio do ato nº 015/20016. Dentre os motivos das mudanças, constam os afastamentos dos titulares Max Russi (PSB) e Wilson Santos (PMDB) – que assumiram pastas no Executivo, e de José Carlos do Pátio (SD) – que assumiu a prefeitura de Rondonópolis.
A CPI foi criada para investigar a conduta de membros do Ministério Público Estadual, relacionada a supostas irregularidades na negociação de cartas de créditos, ocorridas na área sujeita ao controle e fiscalização do Poder Legislativo Estadual.
Além do presidente e do relator, compõem a CPI do MPE como titulares os deputados Mauro Savi (PSB), Gilmar Fabris (PSD) e Dilmar Dal Bosco (DEM). Os suplentes são os deputados Guilherme Maluf (PSDB), Wagner Ramos (PSD), Wancley Carvalho (PV), Sebastião Rezende (PSC) e Baiano Filho (PSDB).
A comissão foi criada pelo Ato nº 057/2015, para investigar as suspeitas que vieram à tona durante a 5ª etapa da Operação Ararath, deflagrada em maio de 2014. À ocasião, mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa do ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, onde foram encontrados documentos e planilhas detalhando pagamento de precatórios a promotores e procuradores de Justiça. Segundo informações contidas nos documentos, 45 promotores teriam sido beneficiados com um valor total superior a R$ 10,3 milhões.